Junto com o político também são velados os restos mortais do jornalista Carlos Percol e do fotógrafo Alexandre Severo (Reuters/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2014 às 11h39.
Recife - Milhares de pessoas prestaram neste domingo em Recife sua última homenagem ao candidato à presidência Eduardo Campos, morto na quarta-feira em um acidente de avião em Santos, e cujo restos mortais só foram completamente identificados ontem.
Desde a primeira hora da madrugada, cidadãos esperavam na porta do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, onde Campos está sendo velado.
Junto com o político também são velados os restos mortais do jornalista Carlos Percol e do fotógrafo Alexandre Severo, que estavam na aeronave no momento do acidente ocorrido em Santos.
Cantando o hino de Pernambuco, com bandeiras do PSB ou camisetas com a frase "Não vamos desistir do Brasil" - uma das últimas pronunciadas por Campos -, um multidão se aproximou do Palácio.
"Eduardo foi um grande homem como pessoa, como político", dizia uma das mensagens deixadas pelos cidadãos junto ao caixão, coberto com a bandeira do Brasil e de Pernambuco, estado do qual foi governador.
Os restos mortais de Campos chegaram pouco depois das 23h de sábado à base aérea de Recife procedentes de São Paulo, onde ontem foram concluídos os trabalhos de identificação dos corpos das vítimas, destruídos devido ao forte impacto do avião.
Parentes, amigos e correligionários do político, entre eles Marina Silva - provável sucessora de Campos como candidata à presidência pelo PSB -, esperaram o caixão do político na base aérea.
Após percorrer diferentes bairros da cidade, o cortejo fúnebre chegou por volta das 2h à sede do governo de Pernambuco, onde começou a ser velado por familiares e centenas de cidadãos apesar da chuva que caiu durante a madrugada.
Uma vez concluído o velório será realizada uma missa ao ar livre, na qual são esperadas 150 mil pessoas, entre elas a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.
Depois Campos será enterrado ao lado de seu avô Miguel Arraes, reconhecido líder de esquerda, que morreu em 13 de agosto de 2005, exatamente nove anos antes que seu neto.