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Michel Temer se licencia da presidência do PMDB

O senador Romero Jucá (RR) vai assumir a presidência da legenda interinamente

Vice-presidente Michel Temer, em Brasília: o senador Romero Jucá (RR) deve assumir a presidência do partido interinamente (Ueslei Marcelino/Reuters)

Valéria Bretas

Publicado em 5 de abril de 2016 às 12h03.

São Paulo - O vice-presidente da República, Michel Temer,decidiu se licenciar da presidência do PMDB nesta terça-feira.Isso acontece uma semana depois que o diretório da legenda anunciou o fim da aliança com o governo.

Com a decisão, o senador Romero Jucá (RR) assume imediatamente a presidência do partido. No Twitter, ele confirmou o anúncio e informou que fará um pronunciamento às 15h30 de hoje.

Temer comandava o PMDB desde 2001. No início de março, ele foi novamente ao cargo. A assessoria de imprensa do vice-presidente afirma que a decisão foi tomada para que Jucá "tenha condições de defender o partido dos ataques que vêm sofrendo nos últimos dias".

Na análise do cientista político da UnB (Universidade de Brasília), Antônio Flávio Testa, além de sair de cena e se autopreservar, a movimentação de Temer visa agir com rigor com os ministros resistentes ao processo de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Jucá, que é um adversário declarado do governo, foi incubido ao comando da ação do PMDB com o impeachment", diz. "O senador é o quadro mais preparado da legenda e vai enfrentar a luta com competência. Além disso, ele se articula bem com o Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros caciques políticos".

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Com a decisão, o senador Romero Jucá (RR) assume imediatamente a presidência do partido. No Twitter, ele confirmou o anúncio e informou que fará um pronunciamento às 15h30 de hoje.

Temer comandava o PMDB desde 2001. No início de março, ele foi novamente ao cargo. A assessoria de imprensa do vice-presidente afirma que a decisão foi tomada para que Jucá "tenha condições de defender o partido dos ataques que vêm sofrendo nos últimos dias".

Na análise do cientista político da UnB (Universidade de Brasília), Antônio Flávio Testa, além de sair de cena e se autopreservar, a movimentação de Temer visa agir com rigor com os ministros resistentes ao processo de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Jucá, que é um adversário declarado do governo, foi incubido ao comando da ação do PMDB com o impeachment", diz. "O senador é o quadro mais preparado da legenda e vai enfrentar a luta com competência. Além disso, ele se articula bem com o Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros caciques políticos".

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