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Metalúrgicos fazem protesto na Petrobras contra desemprego

Metalúrgicos da indústria naval de Niterói promoveram protesto em frente à sede da estatal, para alertar sobre o risco de desemprego da categoria

Metalúrgicos fazem protesto em frente à Petrobras, no Centro do Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 17h05.

Rio - Metalúrgicos da indústria naval de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, promoveram nesta quarta-feira, 4, um protesto em frente à sede da Petrobras , na região central do Rio, para alertar sobre o risco de desemprego da categoria em função do desaquecimento do mercado ocorrido depois que a Operação Lava Jato , da Polícia Federal, descobriu desvios em contratos firmados pela petrolífera.

Ao final do ato, pacífico, os trabalhadores entregaram a um diretor da Petrobras uma carta expondo o temor da categoria com o desemprego.

O grupo de 350 pessoas, segundo os organizadores, ou 220, segundo a PM, saiu de seus estaleiros às 9h30 em passeata pelo centro de Niterói até a Praça Araribóia.

Os manifestantes tomaram uma barca rumo ao Rio, onde chegaram às 11 horas. Desembarcaram, fizeram outra caminhada até a Petrobras e ali iniciaram uma sequência de discursos. Não houve tumulto e a Polícia Militar apenas acompanhou o ato, sem intervir.

Segundo Edson Rocha, presidente do sindicato dos metalúrgicos de Niterói, pelo menos 4.000 trabalhadores do setor já foram demitidos no Estado do Rio desde dezembro, sendo mais de 1.000 em Niterói, que emprega 12 mil profissionais em seis estaleiros.

"Queremos que a Petrobras seja investigada e os corruptos, punidos. Mas o trabalho não pode ser paralisado por conta disso. Os contratos precisam continuar a ser cumpridos, a Petrobras tem que manter seus planos. Essa é a fórmula que defendemos para combater essa crise", afirmou.

Rocha e outros integrantes do sindicato foram recebidos por um diretor corporativo da Petrobras, a quem os metalúrgicos entregaram uma carta que discorre sobre o receio de demissões e pede a continuidade dos investimentos. Segundo o dirigente sindical, o diretor se comprometeu a analisar a situação e deve se manifestar nos próximos 15 dias.

Proibição

A adesão ao protesto foi comprometida em função de uma decisão do Estaleiro Eisa Petro Um, o maior de Niterói, que emprega cerca de 3.800 metalúrgicos.

O presidente do sindicato afirma que havia firmado um acordo com a empresa para que 1.000 trabalhadores fossem liberados para participar do ato, mas às 18h30 de terça-feira, 3, a direção da empresa anunciou que não iria autorizar a saída de nenhum funcionário.

Hoje pela manhã Edson Rocha foi ao estaleiro e tentou negociar com a direção, mas não houve acordo. "O presidente da empresa mandou anunciar, em microfones, que quem saísse para participar do protesto não receberia salário no fim deste mês", acusou o sindicalista. Diante da ameaça, apenas de 20 funcionários desse estaleiro aderiram ao ato.

Comperj

Trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (região metropolitana do Rio), decidiram hoje prolongar pelo menos até o próximo dia 9 a greve iniciada em 25 de fevereiro.

Eles recusam a oferta salarial feita pela empresa, que ofereceu 6% de aumento para quem ganha até R$ 5.000 e de 5% para quem recebe mais que isso.

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Rio - Metalúrgicos da indústria naval de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, promoveram nesta quarta-feira, 4, um protesto em frente à sede da Petrobras , na região central do Rio, para alertar sobre o risco de desemprego da categoria em função do desaquecimento do mercado ocorrido depois que a Operação Lava Jato , da Polícia Federal, descobriu desvios em contratos firmados pela petrolífera.

Ao final do ato, pacífico, os trabalhadores entregaram a um diretor da Petrobras uma carta expondo o temor da categoria com o desemprego.

O grupo de 350 pessoas, segundo os organizadores, ou 220, segundo a PM, saiu de seus estaleiros às 9h30 em passeata pelo centro de Niterói até a Praça Araribóia.

Os manifestantes tomaram uma barca rumo ao Rio, onde chegaram às 11 horas. Desembarcaram, fizeram outra caminhada até a Petrobras e ali iniciaram uma sequência de discursos. Não houve tumulto e a Polícia Militar apenas acompanhou o ato, sem intervir.

Segundo Edson Rocha, presidente do sindicato dos metalúrgicos de Niterói, pelo menos 4.000 trabalhadores do setor já foram demitidos no Estado do Rio desde dezembro, sendo mais de 1.000 em Niterói, que emprega 12 mil profissionais em seis estaleiros.

"Queremos que a Petrobras seja investigada e os corruptos, punidos. Mas o trabalho não pode ser paralisado por conta disso. Os contratos precisam continuar a ser cumpridos, a Petrobras tem que manter seus planos. Essa é a fórmula que defendemos para combater essa crise", afirmou.

Rocha e outros integrantes do sindicato foram recebidos por um diretor corporativo da Petrobras, a quem os metalúrgicos entregaram uma carta que discorre sobre o receio de demissões e pede a continuidade dos investimentos. Segundo o dirigente sindical, o diretor se comprometeu a analisar a situação e deve se manifestar nos próximos 15 dias.

Proibição

A adesão ao protesto foi comprometida em função de uma decisão do Estaleiro Eisa Petro Um, o maior de Niterói, que emprega cerca de 3.800 metalúrgicos.

O presidente do sindicato afirma que havia firmado um acordo com a empresa para que 1.000 trabalhadores fossem liberados para participar do ato, mas às 18h30 de terça-feira, 3, a direção da empresa anunciou que não iria autorizar a saída de nenhum funcionário.

Hoje pela manhã Edson Rocha foi ao estaleiro e tentou negociar com a direção, mas não houve acordo. "O presidente da empresa mandou anunciar, em microfones, que quem saísse para participar do protesto não receberia salário no fim deste mês", acusou o sindicalista. Diante da ameaça, apenas de 20 funcionários desse estaleiro aderiram ao ato.

Comperj

Trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (região metropolitana do Rio), decidiram hoje prolongar pelo menos até o próximo dia 9 a greve iniciada em 25 de fevereiro.

Eles recusam a oferta salarial feita pela empresa, que ofereceu 6% de aumento para quem ganha até R$ 5.000 e de 5% para quem recebe mais que isso.

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