Mercadante diz que Dilma não fará gesto ao mercado
O ministro da Casa Civil também disse que a petista não nomeará ministros antes de ser reeleita
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2014 às 17h17.
São Paulo - O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou neste domingo que a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff não fará sinalizações específicas para o mercado financeiro no segundo turno nem vai nomear ministros antes de ser reeleita. "Eu acho que o gesto que nós temos que fazer é mostrar os resultados do que nós fizemos e mostrar que se nós não tivéssemos feitos o que fizemos, seguramente não estaríamos com a taxa de desemprego que estamos, nem mantido a renda e o emprego", afirmou.
Mercadante disse ainda que a presidente já afirmou que deve fazer mudanças na sua equipe de ministros, mas que é preciso ter cautela. "Ela já disse governo novo, nova equipe, novas ideias", disse. "Esse negócio de sentar na cadeira antes e sair nomeando ministro não dá certo."
O governo sabe, segundo Mercadante, que fará ajustes em um segundo mandato. "Aquilo que tem que melhorar vai ser melhorado, que tem que ser corrigido vai ser corrigido e o que tem que ser mantido também", disse, evitando dar detalhes.
O ministro afirmou ainda que o governo vai continuar defendendo o papel dos bancos públicos no crédito direcionado e disse que é preciso ter um banco público estratégico. "Não vamos ceder na nossa visão sobre o papel do financiamento público. A autonomia operacional do banco central sempre defendemos e praticamos, agora não cederemos na ideia de independência do BC", afirmou, destacando que a crise internacional começou justamente por conta do mercado financeiro.
"Essa crise internacional mostrou justamente o contrário, o mundo inteiro está discutindo que um governo democrático precisa ter gestão e regulação sobre o mercado financeiro", disse.
Expectativa
Mercadante avaliou ainda a expectativa para o resultado das eleições deste domingo. Ele afirmou que o cenário mais provável é de realização de segundo turno e que o PT não escolhe adversários. "Os dois têm possibilidades do segundo turno", afirmou, em referência a Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).
Questionado se Aécio seria um candidato mais fácil de ser combatido pelo PT, Mercadante ressaltou que nas ultimas três eleições o PT derrotou o PSDB.
"Temos muito mais argumentos, eles quebraram o País três vezes", disse, em referência a empréstimos no Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele aproveitou para criticar a gestão de Arminio Fraga no Banco Central, apontado por Aécio como seu eventual ministro da Fazenda. Mercadante disse que na época dos tucanos Fraga "não cumpriu o teto da meta da inflação por dois anos", disse.
São Paulo - O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou neste domingo que a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff não fará sinalizações específicas para o mercado financeiro no segundo turno nem vai nomear ministros antes de ser reeleita. "Eu acho que o gesto que nós temos que fazer é mostrar os resultados do que nós fizemos e mostrar que se nós não tivéssemos feitos o que fizemos, seguramente não estaríamos com a taxa de desemprego que estamos, nem mantido a renda e o emprego", afirmou.
Mercadante disse ainda que a presidente já afirmou que deve fazer mudanças na sua equipe de ministros, mas que é preciso ter cautela. "Ela já disse governo novo, nova equipe, novas ideias", disse. "Esse negócio de sentar na cadeira antes e sair nomeando ministro não dá certo."
O governo sabe, segundo Mercadante, que fará ajustes em um segundo mandato. "Aquilo que tem que melhorar vai ser melhorado, que tem que ser corrigido vai ser corrigido e o que tem que ser mantido também", disse, evitando dar detalhes.
O ministro afirmou ainda que o governo vai continuar defendendo o papel dos bancos públicos no crédito direcionado e disse que é preciso ter um banco público estratégico. "Não vamos ceder na nossa visão sobre o papel do financiamento público. A autonomia operacional do banco central sempre defendemos e praticamos, agora não cederemos na ideia de independência do BC", afirmou, destacando que a crise internacional começou justamente por conta do mercado financeiro.
"Essa crise internacional mostrou justamente o contrário, o mundo inteiro está discutindo que um governo democrático precisa ter gestão e regulação sobre o mercado financeiro", disse.
Expectativa
Mercadante avaliou ainda a expectativa para o resultado das eleições deste domingo. Ele afirmou que o cenário mais provável é de realização de segundo turno e que o PT não escolhe adversários. "Os dois têm possibilidades do segundo turno", afirmou, em referência a Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).
Questionado se Aécio seria um candidato mais fácil de ser combatido pelo PT, Mercadante ressaltou que nas ultimas três eleições o PT derrotou o PSDB.
"Temos muito mais argumentos, eles quebraram o País três vezes", disse, em referência a empréstimos no Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele aproveitou para criticar a gestão de Arminio Fraga no Banco Central, apontado por Aécio como seu eventual ministro da Fazenda. Mercadante disse que na época dos tucanos Fraga "não cumpriu o teto da meta da inflação por dois anos", disse.