Dom Phillips: 3 suspeitos de assassinato já estão presos. (Agência O Globo/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de junho de 2022 às 18h51.
Última atualização em 10 de junho de 2022 às 18h55.
A Polícia Federal no Amazonas informou na tarde desta sexta-feira, 10, que equipes de busca que integram a Operação Javari — que tentam localizar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, desaparecidos na Amazônia de domingo, 5 — localizaram no Rio Itaquaí, próximo ao Porto de Atalaia do Norte, "material orgânico aparentemente humano", o qual foi encaminhado para perícia no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.
O mesmo instituto vai periciar as amostras de sangue encontradas na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, cuja prisão temporária foi decretada pela Justiça Estadual nesta quinta-feira, 9.
Os investigadores ainda indicaram que nesta sexta, 10, houve a coleta de material genético de referência do jornalista britânico Dom Phillips, em Salvador, e do indigenista Bruno Pereira, em Recife. “O material coletado será utilizado na análise comparativa com o sangue encontrado na embarcação”, indicou a PF em nota.
A corporação indicou que, desde a última atualização na tarde desta quinta-feira, 9, sobre a Operação Javari, as equipes do Comitê de crise, coordenado pela PF, seguiram com a busca fluvial e com reconhecimento aéreo na região do Rio Itaquaí, último local onde Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos.
Horas antes das novas informações serem divulgadas pela PF, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo adote imediatamente "todas as providências necessárias", usando "todos os meios e forças cabíveis", para localizar o indigenista e o jornalista.
O despacho ordena ainda que sejam identificados e punidos os responsáveis pelo desaparecimento e cobra, do governo, em até cinco dias, a apresentação de um relatório com todas as providências adotadas e informações obtidas no caso. Foi fixada multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
“Sem uma atuação efetiva e determinada do Estado brasileiro, a Amazônia vai cair, progressivamente, em situação de anomia, de terra sem lei. É preciso reordenar as prioridades do país nessa matéria”, registrou o ministro no documento.
(Estadão Conteúdo)
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