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Marun vê "possibilidade de o candidato do governo vencer as eleições"

Ministro-chefe da Secretaria de Governo viu até mesmo aspectos positivos na avaliação de Michel Temer, mesmo com os 70% de rejeição, na pesquisa Datafolha

Carlos Marun: "Daqui a pouco, o País vai cair na real e saber que isso aqui é um País que tiramos de um completo descalabro há dois anos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Marun: "Daqui a pouco, o País vai cair na real e saber que isso aqui é um País que tiramos de um completo descalabro há dois anos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2018 às 18h04.

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, minimizou o resultado da última pesquisa Datafolha em relação à sucessão presidencial e, dizendo-se "otimista", viu até mesmo aspectos positivos na avaliação de Michel Temer, mesmo com os 70% de rejeição que lhe foram atribuídos.

"Já foi maior a rejeição", afirmou ele, ao ignorar os quatro candidatos que estão à frente na corrida eleitoral, destacando que "as pessoas começam a abrir os olhos, não obstante estejamos sob ataques de flechas envenenadas" e "vão reconhecer os avanços do governo".

Ao se referir aos candidatos que lideram as pesquisas, o ministro disse que "não é momento de brincar de salvador da Pátria". O ministro não acredita também que possa vir outra denúncia contra o presidente Temer, por conta de novas acusações contra ele.

Ainda demonstrando o seu otimismo, o ministro Marun chegou a falar na "possibilidade de o candidato do governo vencer as eleições", embora o presidente Temer e o seu ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, ambos peemedebistas, tenham apenas 1% das intenções de votos.

Marun destacou que "não gostaria que alguém se eleja mentindo, dizendo que nada foi feito de positivo pelo governo" e passou a listar os avanços que considera que foram realizados, como a lei do teto de gastos.

Em seguida, Marun desqualificou os outros candidatos que estão à frente na pesquisa. "Quem está liderando as pesquisas? 30% do ex-presidente Lula, que sabemos não poder ser candidato. Na sequência, vem Bolsonaro (Jair Bolsonaro, do PSL), na sequência, vem Marina (Marina Silva, da Rede) e Joaquim Barbosa (ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, do PSB). Daqui a pouco, o País vai cair na real e saber que isso aqui é um País que tiramos de um completo descalabro há dois anos, e que não é momento de brincar de salvador da Pátria".

Questionado se estava desqualificando todos os candidatos que lideravam a pesquisa, Marun disse que não e passou a listar as plataformas do governo, que terão de ter defendidas por todos, na sua opinião, como reforma da Previdência.

"Quem se eleger sem essa pauta, realmente não está à altura do enfrentamento dos reais problemas do País", comentou ele, reconhecendo, no entanto, que isso pode acontecer, mas pediu que "todos se conscientizem". E depois de destacar que o parlamentares sabem dos avanços desse governo, Marun emendou: "não posso perder a esperança do voto que vamos ter de dar em outubro".

Segundo o ministro Marun, o presidente não ficou abatido com os números da pesquisa, explicando que Temer tem energia para enfrentar os problemas e tem surpreendido a todos.

Ele lembrou que, desde o início da crise, todos perguntavam como e se o presidente ia resistir. "E nós insistíamos que íamos resistir e avançar." E agora, prosseguiu o ministro, insistindo que continuam resistindo e avançando, mostrando e insistindo nos avanços do governo.

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