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Marun: reforma da Previdência pode não ter apoio como trabalhista

As mudanças na legislação trabalhista foram aprovadas ontem (26) no plenário da Casa por 296 votos a 177

Carlos Marun: "Não sou ufanista de dizer que os 296 são automaticamente favoráveis à reforma (da Previdência), mas digo que há um grupo robusto de deputados favoráveis à responsabilidade fiscal no País" (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2017 às 16h24.

Brasília - O presidente da comissão especial da reforma da Previdência , Carlos Marun (PMDB-MS), avaliou nesta quinta-feira, 27, que nem todos os 296 deputados que votaram a favor da reforma trabalhista automaticamente também votarão favoravelmente à reforma previdenciária.

"Não sou ufanista de dizer que os 296 são automaticamente favoráveis à reforma (da Previdência), mas digo que há um grupo robusto de deputados favoráveis à responsabilidade fiscal no País", disse Marun em entrevista à imprensa.

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Ele afirmou ter saído muito "animado" da votação da reforma trabalhista, que começou na noite dessa quarta-feira (26) e só foi concluída na madrugada desta quinta-feira.

O presidente do colegiado admitiu que o governo precisa fazer mais esclarecimentos sobre a reforma, para conseguir mais votos.

"Vejo ainda muitos parlamentares não devidamente esclarecidos sobre o alcance dos ajustes que fizemos", declarou. Na avaliação dele, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), fez ajustes que tornaram o texto "mais ameno" e "menos abrupto".

Diferente da reforma trabalhista, que bastava maioria dos presentes na sessão para aprová-la, a reforma da Previdência será votada por meio de uma emenda constitucional.

Com isso, a proposta terá de passar por duas votações no plenário da Câmara e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos favoráveis, o equivalente a 3/5 dos 513 deputados que compõem a Casa.

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