Marisa Letícia: ex-primeira-dama foi submetida a uma intervenção para drenagem do sangue acumulado por meio de um cateter (.)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 12h15.
Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 15h51.
São Paulo - A ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permanece em coma induzido e respirando com ajuda de aparelhos.
Ela foi submetida a uma nova avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral, conforme o boletim médico nesta quarta-feira, 25, divulgado pelo Hospital Sírio-libanês.
Os médicos suspenderam os sedativos para avaliar os efeitos da cirurgia e constataram que Marisa Letícia apresentava reação anormal, agitada, com uma das pupilas dilatadas, e decidiram submeter a ex-primeira-dama a nova tomografia.
O exame constatou que a hemorragia é maior do que os médicos imaginavam. Ela foi então submetida a uma intervenção para drenagem do sangue acumulado por meio de um cateter. O ex-presidente acompanhou o tratamento da esposa.
Especialistas dizem que a evolução do paciente no caso de uma hemorragia cerebral causada pela ruptura de um aneurisma depende de uma série de fatores que vão desde a agilidade para o socorro, passando pela localização da lesão até características individuais.
Segundo os especialistas, o tipo de AVC que a ex-primeira-dama Marisa Letícia teve também não é o mais comum.
Pela literatura, uma pessoa a cada seis no mundo vai ter um AVC, mas o tipo mais comum é a isquemia, quando há um entupimento da artéria, e não sangramento.
São 80 a 85% dos casos de isquemia e 15 a 20% são sangramentos, que podem ser aneurismas e outras doenças vasculares", disse Pedro Varanda, neurologista do Hospital Quinta D�Or.
Esse tipo de AVC pode não ter sintomas, de acordo com o paciente, mas há sintomas que podem ser reconhecidos. "Um dos sintomas é uma dor de cabeça súbita, que pode ser muito forte", explicou Cícero Galli Coimbra, professor de neurologia e neurociências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.