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Marcos Valério negocia delação premiada no MP de Minas

O empresário negocia a delação dentro do processo que apura o escândalo do mensalão mineiro entre 1995 e 1998


	Marcos Valério: o empresário negocia a delação dentro do processo que apura o escândalo do mensalão mineiro entre 1995 e 1998
 (Antonio Cruz/ABr)

Marcos Valério: o empresário negocia a delação dentro do processo que apura o escândalo do mensalão mineiro entre 1995 e 1998 (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2016 às 16h29.

Belo Horizonte - O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza prestou depoimento nesta terça-feira, 21, por cerca de três horas à promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais.

Operador do esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro, o empresário negocia delação premiada dentro do processo que apura o escândalo, iniciado na gestão de Eduardo Azeredo (PSDB) como governador de Minas Gerais, entre 1995 e 1998.

Marcos Valério atuou em esquema semelhante no chamado mensalão do PT, pelo qual cumpre pena de 37 anos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na quinta-feira, 16, o advogado de Marcos Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, confirmou a tentativa de delação premiada com o Ministério Público.

Conforme o representante do empresário, Valério "tem muito o que falar sobre pessoas de vários partidos". Pedidos de delação só são aceitos quando podem contribuir de forma decisiva para as investigações.

A promotoria ainda não se posicionou se irá ou não fechar o acordo com Marcos Valério. Caso aceite o pedido, a troca pode ser a redução de pena ou transferência de local de cumprimento de pena.

Entre os já condenados no mensalão mineiro em primeira instância está o ex-governador Eduardo Azeredo. A pena é de 20 anos e 10 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiros. 

No esquema, recursos de estatais mineiras eram desviados por intermédio de empresas de publicidade de Marcos Valério.

Pelo menos R$ 3,5 milhões saíram dos cofres públicos dessa forma e, segundo as investigações, abasteceram caixa 2 da campanha tucana pela reeleição ao Palácio da Liberdade em 1998. Na disputa, Azeredo foi derrotado por Itamar Franco, à época no PMDB.

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