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Manifestantes voltam à Alerj em protesto contra pacote de Pezão

Nesta terça, os parlamentares irão debater itens impopulares como o adiamento de aumentos salariais aprovados em 2014

Alerj: grades de alumínio separam os manifestantes da entrada do Palácio Tiradentes (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Alerj: grades de alumínio separam os manifestantes da entrada do Palácio Tiradentes (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 12h50.

Rio - Cerca de 200 servidores de áreas como segurança, educação e cultura do Estado do Rio participavam no final da manhã desta terça-feira, 22, de protesto na porta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Eles semanifestam contra o pacote de medidas anticrise que está sendo discutido pelos deputados.

Nesta terça, os parlamentares irão debater itens impopulares como o adiamento de aumentos salariais aprovados em 2014 que entrariam em vigor em 2017 ou 2018 e ainda a extinção de programas sociais como o renda melhor.

No fim da manhã, dezenas de policiais militares e integrantes da Força Nacional de Segurança (FNS), disponibilizada pelo Ministério da Justiça, cercam o prédio da Alerj, que, no início do mês, chegou a ser ocupado em outro protesto de servidores. Grades de alumínio separam os manifestantes da entrada do Palácio Tiradentes e uma barreira de policiais está disposta atrás das estruturas.

No último dia 16, as grades foram derrubadas pelos manifestantes. A Polícia respondeu com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar os manifestantes.

Representantes de categorias integrantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe) estão sendo recebidos na Alerj nesta manhã. Eles querem apresentar uma carta na qual rechaçam os 22 itens do pacote de medidas proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Caso as discussões prossigam e os itens sejam votados, existe a possibilidade de convocação de uma greve geral no dia 7 de dezembro.

"Vamos esperar uma resposta até o dia 29. Se a resposta for negativa, haverá indicativo de greve geral. Nosso movimento ganhou força com a prisão do Sérgio Cabral (ex-governador do Rio pelo PMDB, acusado de chefiar esquema que envolveu pelo menos R$ 224 milhões em propinas, preso na quinta-feira passada). Está na cara que o Pezão está envolvido. Impossível ele não saber de nada", disse Marcos Ferreira, diretor do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal.

Mais cedo, integrantes do coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que participam do ato com representantes do corpo de baile e da orquestra do teatro, cantaram o Hino Nacional.

"Sentimos uma frustração muito grande. O ano começou bem. Veio a Olimpíada e terminamos com a prisão de dois ex-governadores, sendo o Cabral acusado de causar essa crise toda no Estado", disse o cantor Pedro Oliveiro, representante do coro do Municipal. Também o ex-governador Anthony Garotinho (PR) foi preso na quarta-feira passada acusado de crime eleitoral.

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