Ativistas no Rio gritam “não vai ter golpe” durante votação
Na Lapa, uma multidão acompanha o que acontece na Câmara dos Deputados e vaia os parlamentares a favor do impeachment
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2016 às 19h10.
Uma multidão acompanha, na Lapa, no centro da cidade do Rio de Janeiro , a votação da aceitação ou não do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff com confiança de que a Câmara não vai aprovar o pedido. E o local está cada vez mais cheio e eles gritam a todo momento “não vai ter golpe”.
Os manifestantes vaiam os parlamentares que votam a favor e aplaudem os que votam contra. Eles tiveram o mesmo comportamento durante os discursos dos deputados. Contra a aceitação do pedido, as pessoas aplaudiram e vaiaram os discursos à medida que os deputados antecipam seus votos e a orientação dada aos membros das bancadas.
Desde o inicio da tarde, o ato Viradão pela Democracia atrai simpatizantes à manutenção da presidente Dilma no cargo. Muitos vestidos de vermelho, com bandeiras de centrais sindicais como as da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) assistiram os discursos, transmitidos em um telão, embaixo dos Arcos da Lapa. As falas são, por vezes, interrompidas por aplausos, ou por vaias e gritos de "fora Cunha", em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu na Operação Lava-Jato e suspeito de ter recebido 52 milhões em propina e de ter contas ilegais no exterior.
Moradora da zona norte do Rio de Janeiro, a professora Patricia Pagu, de 36 anos, disse que está em curso um golpe para tirar a presidente do poder. Na avaliação dela, não houve um crime de responsabilidade que justifique o impeachment. "Querem tomar o governo de assalto, sem precisar passar por uma eleição, isso não está na Constituição", disse ela, que se disse muito angustiada e ansiosa para acompanhar a sessão de casa e preferiu sair às ruas.
A professora Maria Costa, de 60 anos criticou a condução do impeachment pelo presidente da Câmara. "Ele já foi mais que denunciado, não tem condições de conduzir esse processo". Ela disse que Cunha aceitou o pedido de impeachment no mesmo dia em que o PT anunciou votar pela casação do parlamentar no Conselho de Ética.
Nos bares da Lapa, centenas de pessoas também acompanham a votação, de televisões ligadas na TV Câmara e na TV Brasil. Os clientes têm pedido aos donos de bares para mudar a programação, quando o canal está sintonizado em outra emissora. "A gente não aguenta ficar em casa", disse a aposentada Regina Soares.
A expectativa é que as pessoas permaneçam na Lapa para acompanhar toda a votaçao no Congresso. No momento, a temperatura é amena, a maioria das pessoas está em pé, em frente ao telão, outras, sentadas no chão, em cangas, no gramado e até em cima dos arcos, para ter um ângulo privilegiado dos telões ou simplesmente descansar, em meio a longa sessão. "Só saio daqui quando acabar", disse a estudante Paula Freita, de 27 anos.
Participam pessoas de várias idades. São vistas familias com crianças, idosos e muitos jovens. Um grupo chegou a colocar faixas em cima dos arcos, onde passam os bondes em direção ao bairro de Santa Teresa, em uma iniciativa bastante perigosa.
Uma multidão acompanha, na Lapa, no centro da cidade do Rio de Janeiro , a votação da aceitação ou não do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff com confiança de que a Câmara não vai aprovar o pedido. E o local está cada vez mais cheio e eles gritam a todo momento “não vai ter golpe”.
Os manifestantes vaiam os parlamentares que votam a favor e aplaudem os que votam contra. Eles tiveram o mesmo comportamento durante os discursos dos deputados. Contra a aceitação do pedido, as pessoas aplaudiram e vaiaram os discursos à medida que os deputados antecipam seus votos e a orientação dada aos membros das bancadas.
Desde o inicio da tarde, o ato Viradão pela Democracia atrai simpatizantes à manutenção da presidente Dilma no cargo. Muitos vestidos de vermelho, com bandeiras de centrais sindicais como as da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) assistiram os discursos, transmitidos em um telão, embaixo dos Arcos da Lapa. As falas são, por vezes, interrompidas por aplausos, ou por vaias e gritos de "fora Cunha", em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu na Operação Lava-Jato e suspeito de ter recebido 52 milhões em propina e de ter contas ilegais no exterior.
Moradora da zona norte do Rio de Janeiro, a professora Patricia Pagu, de 36 anos, disse que está em curso um golpe para tirar a presidente do poder. Na avaliação dela, não houve um crime de responsabilidade que justifique o impeachment. "Querem tomar o governo de assalto, sem precisar passar por uma eleição, isso não está na Constituição", disse ela, que se disse muito angustiada e ansiosa para acompanhar a sessão de casa e preferiu sair às ruas.
A professora Maria Costa, de 60 anos criticou a condução do impeachment pelo presidente da Câmara. "Ele já foi mais que denunciado, não tem condições de conduzir esse processo". Ela disse que Cunha aceitou o pedido de impeachment no mesmo dia em que o PT anunciou votar pela casação do parlamentar no Conselho de Ética.
Nos bares da Lapa, centenas de pessoas também acompanham a votação, de televisões ligadas na TV Câmara e na TV Brasil. Os clientes têm pedido aos donos de bares para mudar a programação, quando o canal está sintonizado em outra emissora. "A gente não aguenta ficar em casa", disse a aposentada Regina Soares.
A expectativa é que as pessoas permaneçam na Lapa para acompanhar toda a votaçao no Congresso. No momento, a temperatura é amena, a maioria das pessoas está em pé, em frente ao telão, outras, sentadas no chão, em cangas, no gramado e até em cima dos arcos, para ter um ângulo privilegiado dos telões ou simplesmente descansar, em meio a longa sessão. "Só saio daqui quando acabar", disse a estudante Paula Freita, de 27 anos.
Participam pessoas de várias idades. São vistas familias com crianças, idosos e muitos jovens. Um grupo chegou a colocar faixas em cima dos arcos, onde passam os bondes em direção ao bairro de Santa Teresa, em uma iniciativa bastante perigosa.