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Manifestantes começam protestos contra Dilma

Manifestantes enchem ruas das principais cidades do país


	Manifestantes pedem impeachment da presidente Dilma
 (Agência Brasil/Tomaz Silva)

Manifestantes pedem impeachment da presidente Dilma (Agência Brasil/Tomaz Silva)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 10h44.

São Paulo - Manifestantes que pedem o impeachment de Dilma Rousseff começaram a se concentrar na manhã deste domingo em diversas cidades para os protestos que deverão testar o fôlego político da presidente da República.

Organizadores das manifestações, convocadas principalmente pelas redes sociais, prometem protestos em centenas de cidades no país e no exterior em meio à desaprovação recorde da presidente nas pesquisas de opinião.

No início da manhã, já havia concentração de manifestantes em Brasília e algumas capitais brasileiras, como Recife, Belém, Maceió e Belo Horizonte. As pessoas exibiam cartazes contra Dilma, vestindo roupas verde e amarelo e portando cartazes contra a corrupção.

A concentração no início da manhã em Brasília ocorre perto do Museu da República. A expectativa é de que os manifestantes sigam em passeata pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional.

No Rio de Janeiro, onde os protestos também deverão ocorrer, muitas pessoas caminhavam pela orla da praia de Copacabana, com roupas com as cores da bandeira brasileira.

Diante dos protestos, a presidente decidiu permanecer em Brasília neste fim de semana acompanhada por ministros do núcleo da coordenação política para monitorar as manifestações.

Dilma poderá designar um de seus auxiliares diretos para fazer uma avaliação oficial dos protestos, informaram duas fontes do governo.

De acordo com uma das fontes consultadas, o governo considera que haverá "grande" adesão aos movimentos e que isso ocorrerá devido ao contexto marcado pelo aprofundamento da recessão, aumento do desemprego, baixa popularidade da presidente e agravamento da crise política.

Reforça essa avaliação, conforme uma segunda fonte consultada, a deflagração na quinta-feira da 18ª etapa da operação Lava Jato, desta vez envolvendo o Ministério do Planejamento.

Paralelamente, Dilma tem afirmado em discursos e entrevistas que não renunciará ao cargo e tem ainda pregado um respeito à democracia e ao resultado das eleições.

No front da relação com o Congresso, tem buscado uma aproximação com o Senado, especialmente com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), diante de uma situação na Câmara dos Deputados classificada de "inadministrável" por um importante parlamentar da base aliada.

Segundo pesquisa Datafolha, 71 por cento dos entrevistados para a sondagem consideram o governo Dilma ruim ou péssimo e 66 por cento são favoráveis ao impeachment.

Dilma conseguiu algum fôlego nesta semana, após seu governo fazer uma aproximação com o Senado e de obter decisões favoráveis no Tribunal de Contas da União e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também contribuiu para o alívio a Dilma o diálogo e o apoio que ela teve de movimentos sociais.

Ainda assim, a presidente tem pela frente processos que podem resultar na cassação de sua chapa presidencial na eleição do ano passado pelo TSE e a análise das contas de seu governo no ano passado pelo TCU.

Caso o órgão de contas emita um parecer ao Congresso Nacional recomendando a rejeição das contas, a decisão pode dar força aos partidários da abertura de um processo de impedimento da presidente.

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