Manifestação do dia 15 pode ser cancelada pelo avanço do coronavírus
Deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das organizadoras do protesto, disse que possibilidade está em avaliação
Reuters
Publicado em 12 de março de 2020 às 12h51.
Última atualização em 12 de março de 2020 às 16h20.
São Paulo — Os organizadores da manifestação do próximo domingo, 15, pró-governo estão avaliando os riscos de se manter o evento. "Temos de acompanhar a questão da saúde em primeiro lugar. Precisamos ter responsabilidade", afirmou a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das organizadoras do protesto.
Bia Kicis se aconselhou com o ministro da Saúde na manhã desta quinta-feira, 12, e disse que vai procurar outras autoridades para avaliar os riscos de manter a manifestação no domingo. "Conversei com o ministro, e a previsão é que, na próxima semana aumente muito o coronavírus no Brasil. Diante disso temos de tomar muito cuidado", afirmou.
"Embora muitas pessoas estejam pedindo para manter, o mais importante agora é ter responsabilidade. Queremos fazer tudo com muito cuidado", disse.
A manifestação chegou a ser convocada pelo presidente Jair Bolsonaro e também pela Secretaria de Comunicação do governo publicamente.
Em vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, o presidente afirmou que a manifestação é "espontânea" e "pró-Brasil", e não contra o Congresso ou o Judiciário. "Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil", declarou em evento em Boa Vista, Roraima, antes de viajar para Miami, nos Estados Unidos.
O presidente já havia chamado, por WhatsApp, aliados para participarem do ato, conforme revelado pela colunista do jornal O Estado de S. Paulo e editora do BR Político, Vera Magalhães, o que resultou em uma semana de crise entre Legislativo e Executivo