Mancha de óleo no Nordeste mobiliza voluntários (Teresa Maia/Reuters)
João Pedro Caleiro
Publicado em 20 de outubro de 2019 às 12h59.
Última atualização em 20 de outubro de 2019 às 13h11.
São Paulo - A mancha de petróleo que atingiu a costa do Nordeste tem gerado mobilizações de voluntários para conter os danos, em fotos e vídeos que ganharam as redes sociais.
Um deles mostra a limpeza de uma tartaruga marinha que teria sido encontrada nesta quarta-feira (16), na Praia de São Bento, em Maragogi, em Alagoas.
... tartaruga coberta de óleo na praia do Bento em Maragogi/Al... ainda tenho muito o que chorar... mas as minhas lágrimas não são suficientes... #óleonoNordeste #Brasil ... pic.twitter.com/pmmfBSgSl3
— Lumière Brillante 😻😻 (@lumieredebrio) October 20, 2019
As iniciativas foram destacadas por membros de vários campos do espectro político, como o deputado estadual Arthur do Val (DEM-SP), que ficou famoso como o youtuber Mamãe Falei, e Marcelo Freixo (PSOL/RJ), líder da oposição no Congresso.
Viva o povo do Nordeste, que diante da omissão criminosa de Bolsonaro se mobilizou pra enfrentar o avanço do óleo nas praias. É incrível que esse presidente da República ainda consiga nos surpreender com sua estupidez, incapacidade e incompetência.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) October 20, 2019
Ela também motivaram uma reação do time de futebol Esporte Clube Bahia, que deve usar camisas com marcas de óleo em jogo amanhã, de acordo com uma postagem na sua conta oficial no Twitter:
🆘🏖 Vazou... também na camisa do Esquadrão.
Por medidas de redução do impacto ambiental e pela punição aos responsáveis, nossas camisas estarão manchadas de óleo no jogo de amanhã - como as praias do Nordeste. #BBMP
Leia o Manifesto ➡️ https://t.co/PRi5hxH2f5 pic.twitter.com/Yr8pVnfLKB
— Esporte Clube Bahia (@ecbahia) October 20, 2019
O vazamento pode ter ocorrido por volta do dia 14 de junho m uma região entre 600 km e 700 km da costa, na altura dos estados de Sergipe e Alagoas, de acordo com uma simulação feita por pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sob encomenda da Marinha.
As manchas têm potencial para restringir o trabalho de até 144 mil pescadores e marisqueiros. Esse é o número de profissionais da pesca cadastrados nas 77 cidades cujo litoral foi atingido, segundo o Ministério da Agricultura.
Na quarta-feira (16), a ministra Tereza Cristina anunciou que o governo vai antecipar em um mês o pagamento do seguro-defeso para afetados; o benefício, no valor de um salário mínimo, é dado a pescadores durante o período em que há necessidade de interromper a atividade para permitir a reprodução das espécies.