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Mais Médicos ampliará em 200 mil pessoas cobertura no Rio

Ao todo, 13 municípios serão atendidos pelos 60 médicos formados no país e mais dez formados no exterior


	Teste de glicemia: "acho que será uma boa experiência ter mais contato com a população e poder ajudar", disse o médico Rafael Dutra, que não fez residência e vê a saúde da família como uma possibilidade de especialização
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Teste de glicemia: "acho que será uma boa experiência ter mais contato com a população e poder ajudar", disse o médico Rafael Dutra, que não fez residência e vê a saúde da família como uma possibilidade de especialização (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 16h14.

Rio de Janeiro- O Programa Mais Médicos no estado do Rio deve ampliar em até 200 mil pessoas a cobertura da atenção básica nos municípios atendidos pelos 60 profissionais formados no Brasil que começaram, hoje (2), a atuar nas unidades de saúde.

A estimativa é do secretário de Gestão do Trabalho e na Educação na Saúde, Mozart Sales, que explicou que cada médico cobrirá entre 3 mil e 4 mil pessoas nos programas de saúde da família.

Ao todo, 13 municípios serão atendidos pelos 60 médicos formados no país. Mais dez, formados no exterior, vão começar a trabalhar no dia 16, se forem aprovados na avaliação de português e conhecimentos sobre o sistema de saúde brasileiro, para a qual estão se preparando desde a semana passada em cursos de acolhimento em oito capitais brasileiras.

Todos os 14 municípios do estado que receberão os médicos brasileiros e estrangeiros ficam na região metropolitana, concentração que resultou da própria escolha dos médicos, que podiam apontar seis opções de cidades quando se inscreveram no programa.

Mozart Sales explica que as vagas do interior poderão ser preenchidas pelos médicos cubanos se a segunda etapa de inscrições, encerrada na sexta, não preenchê-las. Um novo balanço deve ser divulgado até amanhã.

"Só poderemos saber disso após a finalização de chamadas individuais dos brasileiros e estrangeiros que vieram de maneira individual. O que sabemos é que temos um número de vagas muito expressivo, muito grande, e consequentemente não será atendido nessa segunda leva".

O secretário defendeu que a falta de médicos é um dos maiores gargalos na saúde do país e disse que o governo está tomando medidas de curto, médio e longo prazo para equilibrar a oferta de profissionais.


"As de curto prazo são a política do Mais Médicos, com a possibilidade de convocar a força de trabalho para começar a atuar rapidamente. Em relação ao médio prazo, temos a ampliação das vagas de residência, pois são 17 mil médicos formados por ano para 12 mil vagas, em ciclos de dois anos. São medidas que até 2018 surtirão efeito na ampliação da formação de especialistas. E de mais longo prazo, num ciclo de seis a oito anos, é o aumento de vagas nas graduações de medicina".

Na cidade do Rio de Janeiro, onde foi feita uma cerimônia para acolher a chegada de um médico à Clínica da Família Nildo Aguiar, na zona oeste, o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, explicou que os médicos serão enviados a duas áreas da capital em que há maior dificuldade de atrair e reter profissionais, nos arredores dos bairros de Realengo, na zona oeste, e Madureira, na zona norte.

Morador da Barra da Tijuca, o médico generalista Rafael Dutra, de 27 anos, foi o inscrito designado para a clínica e demonstrou otimismo.

"No momento em que estou da minha carreira, acho que será uma boa experiência ter mais contato com a população e poder ajudar", disse o médico, que se formou há dois anos, não fez residência e vê agora a saúde da família como uma possibilidade de especialização.

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