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Maia diz que sua candidatura está começando a ficar madura

Ele disse, porém, que só deve se lançar oficialmente como candidato quando tiver clareza de que tem apoio da maioria dos 513 deputados para vencer

Maia: "Não posso ser candidato da minha vontade pessoal. Tenho que ser candidato da vontade de muitos partidos, muitos parlamentares"

Maia: "Não posso ser candidato da minha vontade pessoal. Tenho que ser candidato da vontade de muitos partidos, muitos parlamentares"

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 19h20.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira, 4, que sua candidatura à reeleição ao comando da Casa está começando a ficar madura.

Ele disse, porém, que só deve se lançar oficialmente como candidato quando tiver clareza de que tem apoio da maioria dos 513 deputados para vencer a disputa. A eleição está marcada para o próximo dia 2 de fevereiro.

"Ela está começando a ficar madura e, na hora que ela ficar madura, você vai ver que ela vai ter um arco de alianças, se isso acontecer, que vai mostrar até para sociedade e para o próprio Supremo (Tribunal Federal) que a Casa quer decidir com voto de cada um dos deputados", afirmou Maia em entrevista à imprensa, após dizer que não tem dúvidas de que a Corte vai respeitar a decisão dos deputados.

O Solidariedade, um dos partidos do Centrão (grupo adversário a Maia) e o deputado André Figueiredo (PDT-CE), que anunciou candidatura à presidência da Câmara, entraram em dezembro com duas ações no Supremo pedindo que a candidatura de Maia seja declarada inconstitucional.

Eles argumentam que o artigo 57 da Constituição proíbe reeleição de presidentes do Legislativo no mesmo mandato. Maia, porém, afirma que o veto não cabe a presidentes de mandato-tampão, como ele.

Conversas

Maia afirmou que a cobrança feita hoje pelo novo líder do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP), para que ele anuncie logo sua candidatura o estimula e mostra que "as conversas estão avançando", mas reforçou que só anunciará oficialmente após ter certeza de que tem apoio da maioria.

"Não posso ser candidato da minha vontade pessoal. Tenho que ser candidato da vontade de muitos partidos, muitos parlamentares. Então, isso precisa amadurecer", disse.

O deputado do DEM afirmou que está conversando com deputados e partidos para pedir apoio para sua reeleição, para que sua candidatura seja aquela que "gera maior harmonia para a Casa".

Nesta quarta-feira, ele focou sua articulação no PSDB: almoçou com Tripoli e com o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e se encontrou nesta tarde com o ministro das Relações Exteriores e senador licenciado, José Serra.

Na entrevista, Maia também rejeitou convite de seus adversários do chamado Centrão na disputa - Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) - para participar de um debate entre os candidatos.

Segundo ele, o debate da agenda que a sociedade espera do futuro presidente da Câmara é feito todos os dias.

"Esse debate a gente faz todo dia. Não precisa ter hora marcada", declarou o parlamentar fluminense.

Viagens

Maia confirmou que irá ao Recife nesta sexta-feira, 6, para pedir apoio para sua reeleição. Ele disse que já tinha um compromisso pessoal e aproveitará a viagem para almoçar com deputados de Pernambuco.

Ele negou que vá usar avião da FAB para viajar e rebateu crítica de seus adversários de que iria usar avião oficial.

"Diga a eles que estou emprestando avião da FAB. Eles podem usar na eleição", ironizou.

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