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Maia diz que não pode opinar sobre candidatura de Barbosa

Maia também negou que seu partido esteja reavaliando sua candidatura à Presidência da República

Rodrigo Maia: presidenciável do DEM evitou opinar sobre a possível candidatura do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2018 às 14h32.

O presidenciável do DEM, Rodrigo Maia , evitou nesta quinta-feira 19, opinar sobre a possível candidatura do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que se filiou ao PSB.

Em evento na capital paulista, o presidente da Câmara dos Deputados disse apenas que Barbosa teve em pesquisa de intenção de voto desempenho semelhante ao do fim do ano passado e que não poderia opinar sobre sua eventual entrada na corrida presidencial porque ainda não viu nenhuma entrevista sua sobre o tema.

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"De fato, o Barbosa aparece nas pesquisas com a mesma intenção de voto que tinha em dezembro. Muitos tinham esperança que ele aparecesse com número melhores, mas a minha expectativa era essa que está colocada", disse Maia, que foi convidado a se apresentar no 19º Congresso Anual de Investidores do Santander.

"Agora é esperar para ver quais são os próximos movimentos para que eu possa ter uma opinião, porque de fato como não ouvi nenhuma entrevista dele não posso opinar sobre como é a candidatura dele, não posso ter opinião".

Maia não citou a qual pesquisa se referia. No entanto, Barbosa ficou com 10% das intenções de voto no último levantamento do Instituto Datafolha, divulgado no final de semana, o dobro (5%) do que conseguiu na pesquisa anterior, de janeiro.

Questionado sobre como fica a aproximação entre o seu partido e o PSB de Barbosa, especialmente depois da saída do ex-ministro Aldo Rebelo, um interlocutor que migrou para o Solidariedade logo após a chegada do ex-ministro, o deputado fluminense disse apenas que ambos os partidos "certamente" terão candidato.

"Aldo foi para o SDD, temos uma boa relação, tentamos construir um ambiente de centro, num ambiente onde posições divergentes possam pactuar uma agenda para o Brasil", acrescentou. Aldo também é pré-candidato pela sigla do deputado Paulinho da Força e, segundo apurou o Broadcast Político, há um acordo para ambos os partidos estarem juntos nesta eleição.

Não obrigação

Maia negou que seu partido esteja reavaliando sua candidatura à Presidência da República. Maia afirmou que o cenário para o pleito deste ano ainda está muito aberto, sem nenhum nome no chamado centro "que possa reivindicar a liderança no momento".

O deputado afirmou ainda que o quadro será definido apenas mais à frente e que "será presidente" aquele que conseguir articular o maior número de alianças e de palanques nos Estados.

"Minha situação é igual a de todo mundo. Todo mundo tem chance e ninguém tem chance ainda. Agora, tem que ter uma construção política. Acredito que o próximo presidente será o que tiver a melhor articulação e os melhores palanques", disse. "O DEM tem isso", emendou.

Questionado sobre se a decisão do prefeito de Salvador, ACM Neto de não concorrer ao governo da Bahia prejudica seu plano de ter palanques fortes, Maia disse entender que não, uma vez que teria ganho, por outro lado, um coordenador de campanha.

Reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. mostrou que o DEM passou a reavaliar a candidatura Maia e passou a buscar alianças, como a do tucano Geraldo Alckmin. O próprio deputado havia dito, no início do ano, que seria candidato se alcançasse 7% de intenção de voto até maio. Contudo, o último levantamento do Instituto Datafolha mostrou o demista estagnado com 1% das preferências.

Questionado sobre esses números, Maia, disse que foi mal entendido. "Eu fui perguntado sobre que número gostaria de ter, eu disse 6% ou 7%, mas eu gostaria, nunca disse que (dependia disso)", minimizou. A sociedade vai deixar para tomar sua decisão no final, em julho, então a decisão (sobre candidatura) não irá ser tomada olhando somente as pesquisas", acrescentou.

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