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Maia defende combate a fake news com cuidado para evitar censura

Para presidente da Câmara e pré-candidato pelo DEM, é preciso "criar, de fato, uma responsabilização, porque a informação caminha de qualquer jeito"

Rodrigo Maia: "Com um processo eleitoral, faltando três dias, se entra uma informação falsa e ela consegue multiplicar, pode derrotar um candidato, pode dar vitória a outro" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2018 às 16h50.

Brasília - Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta-feira, 13, a importância do combate às chamadas "fake news" (notícias falsas) no Brasil. Ele ponderou, contudo, que o debate sobre a regulamentação das redes sociais deve ser feito com "todo cuidado" para que não avance para nenhum tipo de censura.

"A discussão da fake news é uma discussão muito importante, com todo cuidado para que uma regulamentação sobre esse assunto não avance em nenhum tipo de censura", afirmou o parlamentar fluminense, durante café da manhã com executivos e integrantes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Para Maia, esse debate é importante principalmente para as eleições deste ano.

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"Isso é muito importante, principalmente para um processo político. Com um processo eleitoral , faltando três dias, se entra uma informação falsa e ela consegue multiplicar, pode derrotar um candidato, pode dar vitória a outro", disse o presidente da Câmara. Para ele, não será "saudável" a concorrência se houver setores de comunicação regulamentados e outros não. "Não podemos ter sistemas tratando do mesmo assunto com regras distintas."

Maia afirmou que o debate sobre a regulamentação das redes sociais é importante porque essas plataformas abertas viraram estrutura de informação. Segundo ele, é preciso garantir que essas estruturas tenham a mesma responsabilidade que o "mercado regular" no Brasil. "Tem que pensar como vai regulamentar isso, sem interferir na liberdade do trabalho de cada um de vocês", afirmou.

Para o parlamentar fluminense, é preciso "aprofundar e criar, de fato, uma responsabilização, porque a informação caminha de qualquer jeito, ninguém é responsável por nada". "Acho até que nas redes sociais é mais fácil você encontrar a pessoa e depois procurar um reparo ao dano, mas, por exemplo, no Whatsapp, é impossível. Não vejo por onde", declarou.

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