São Paulo (SP), 16/12/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Ricardo Stuckert/PR (Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil)
Repórter
Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 07h25.
Última atualização em 6 de janeiro de 2025 às 08h29.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a despachar do Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 6. Desde que recebeu alta em 15 de dezembro, após passar por uma cirurgia para drenar um hematoma intracraniano em 10 de dezembro, o chefe do Executivo estava trabalhando no Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Logo neste primeiro dia de volta à sede do governo, Lula receberá o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para uma reunião marcada para 10h.
Mesmo liberado pelos médicos para retornar ao Planalto, o presidente recebeu orientação de não viajar para fora de Brasília neste mês de janeiro. Outra recomendação da equipe médica é de que ele siga em repouso e não retome ainda sua rotina de exercícios.
Fernando Haddad será o primeiro ministro a se encontrar com o presidente nesta retomada de trabalho na sede do governo. O encontro acontece em meio a uma disparada do dólar, que está em alta desde que o responsável pela Fazenda anunciou o pacote de corte de gastos e o plano do governo de isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil no final de novembro do ano passado.
No último dia 10 de dezembro, Lula foi internado para realizar uma cirurgia de emergência após sentir leve dores de cabeça desde o dia anterior. Segundo os médicos, a dor foi em razão de um hematoma entre o cérebro e uma das membranas que envolvem o órgão.
“Sentia dor de cabeça, meus passos estavam mais lentos, sentia muito sono. Chamei a Doutora Ana, que me levou para um exame de imagem. Decidimos ir para São Paulo com urgência”, contou o presidente durante a entrevista coletiva.
“Graças a Deus, aos médicos e enfermeiros que me ajudaram e a Janja, estou aqui, inteiro”, disse Lula.
Segundo o cardiologista Roberto Kalil, que acompanha o petista, o presidente ainda terá restrições a viagens internacionais e atividades físicas por 30 dias.
O hematoma drenado pelos médicos em dezembro foi consequência da queda sofrida pelo presidente no banheiro do Palácio da Alvorada em outubro, quando precisou levar pontos na nuca.