Redação Exame
Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 12h49.
Última atualização em 9 de janeiro de 2025 às 13h14.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a decisão da Meta sobre a moderação de conteúdo em suas plataformas é "extremamente grave", se referindo à decisão do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, de encerrar suas parcerias com organizações de checagem de fatos para moderar conteúdo.
"Vou fazer uma reunião hoje e eu acho que é extremamente grave [a decisão da Meta]. As pessoas querem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do cara que comete um crime na imprensa escrita", disse o chefe do Executivo nesta quinta-feira, 9, que completou: "É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e não pudesse ser punido se ele faz a mesma coisa na digital". O presidente também falou sobre a necessidade de que as legislações dos países sejam respeitadas.
MPF oficia Meta para saber se mudanças na política de checagem de fatos se aplicam ao Brasil"O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, não podem três cidadãos achar que podem ferir a soberania de uma nação."
A Meta anunciou no último dia 7 uma guinada radical em sua política de moderação de conteúdo, que coloca a empresa alinhada ao futuro governo de Donald Trump. Em um vídeo de mais de Zuckerberg, anunciou que a empresa vai abandonar o programa de checagem de fatos e permitir mais conteúdos políticos. Para analistas no Brasil e no exterior, essa mudança representará um retrocesso e alimentará a desinformação.