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Lula adia novamente viagem à China

Segundo o Planalto, adiamento já foi comunicado para as autoridades chinesas com a reiteração do desejo de marcar a visita em nova data

Segundo nota, Lula foi diagnosticado com uma pneumonia (AFP/AFP)

Segundo nota, Lula foi diagnosticado com uma pneumonia (AFP/AFP)

Luciano Pádua
Luciano Pádua

Editor de Macroeconomia

Publicado em 25 de março de 2023 às 12h55.

Última atualização em 25 de março de 2023 às 13h55.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, adiou novamente sua viagem à China marcada para este domingo, 26. Segundo nota, Lula foi diagnosticado com uma pneumonia.

"Após reavaliação no dia de hoje e, apesar da melhora clínica, o serviço médico da Presidência da República recomenda o adiamento da viagem para China até que se encerre o ciclo de transmissão viral", diz em nota a Presidência da República.

De acordo com o Planalto, o adiamento já foi comunicado para as autoridades chinesas com a reiteração do desejo de marcar a visita em nova data, porém não foi definida.

Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que Fernando Haddad também não viajará a China. "Em função do cancelamento da missão presidencial à China, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também não fará a viagem neste momento."

Qual o estado de saúde de Lula?

Segundo a Folha de S.Paulo, o médico do presidente, Roberto Kalil, informou que ele está tomando antibiótico na veia e que o quadro de saúde do mandatário está evoluindo bem.

Kalil avaliou que o presidente deve poder retornar ao trabalho na próxima semana. Contudo, uma viagem à China, que dura mais de trinta horas, poderia ocorrer em aproximadamente dez dias.

Comitiva de empresários já está na China

Ministros, diplomatas e uma delegação de 120 empresários do agronegócio já estavam em Pequim no aguardo do presidente. Eles participavam de eventos do setor e reuniões de trabalho e institucionais com autoridades do governo chinês. Outros empresários, de áreas como indústrias e comércio, têm desembarque em Pequim previsto para este sábado.

Auxiliares do presidente dizem que a remarcação depende não só da recuperação completa do presidente brasileiro, após o fim do clico viral e de transmissão da Influenza, como da possibilidade de reagendamento dos compromissos com o chefe de Estado, Xi Jinping.

Havia ainda nos bastidores uma preocupação dos dois lados sobre uma possível transmissão do vírus ao líder chinês. O governo do país asiático tem protocolos rígidos para lidar com a saúde de Xi Jinping. Durante a pandemia da covid-19, ele não deixou o país. Lula seria recebido pelo presidente chinês na terça-feira, dia 28, e teria uma reunião bilateral, além de um banquete em sua homenagem. O vírus da Influenza A estaria ativo durante o encontro. Lula foi diagnosticado em 23 de março e o encontro se daria cinco dias depois. O ciclo viral é de 7 dias.

Com o anúncio da hospitalização de Lula, uma opção cogitada era o envio do vice-presidente Geraldo Alckmin, o que provocaria a mudança cerimonial dos compromissos de Estado para o nível de vice-presidentes dos dois países. Mesmo assim, os diplomatas achavam pouco provável por causa da menor dimensão geopolítica e duvidavam que a base do governo aceitasse delegar a Alckmin uma visita com o peso político da China, uma agenda cara ao PT e à esquerda.

Antes da programação da visita, o partido despachou os dirigentes Romênio Pereira e Mônica Valente a Pequim para reuniões com o Partido Comunista Chinês. O presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann, já estava em agendas institucionais na capital chinesa.

Com informações do Estadão Conteúdo

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