Brasília – Líderes da oposição e da base aliada no Senado estão se revezando há quase uma hora em encontros com o presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A expectativa é que Renan participe da reunião marcada pela presidente Dilma Rousseff com os líderes do governo.

O senador Wellington Dias disse que a intenção da presidente é tentar ouvir a posição dos parlamentares sobre os pontos prioritários para a reforma política e sobre a realização do plebiscito. “É um tema que conhecemos bem mas nunca tivemos condição de maioria para aprovar. Mas acredito que essa vontade do povo de combate à corrupção e mudança na área da política vai fazer a gente acordar”, afirmou.

Wellington Dias explicou que esse encontro deve ocorrer em outro momento. “A presidente vai começar ouvindo os líderes da base que representam partidos que têm necessidade de alinhamento, mas deve ouvir sim representantes da oposição”, disse. Líderes da oposição afirmaram que ainda não foram chamados pela presidente da República.

“As oposições não foram convidadas até agora. Se chamados, estaremos à disposição”, disse o senador Aécio Neves, antecipando que a oposição deve apresentar uma pauta única. A proposta do parlamentar é que a consulta pública seja realizada, mas nos moldes de um referendo, ou seja, depois que o Parlamento definir os termos da reforma política.

“Mas a presidente tem a responsabilidade de enviar as propostas que achar adequadas ao Congresso e ao final poderiam ser submetidas a um referendo da população que parece mais lógico e mais responsável”, acrescentou.

Enquanto as reuniões continuam no tapete azul do Senado, do lado de fora do Congresso Nacional, estudantes fazem mais um protesto, pedindo educação de melhor qualidade.

Depois de reunidos com Renan Calheiros, os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) buscaram um grupo de 14 manifestantes para conversar com o presidente da Casa.

Ontem (26) recebeu representantes de vários movimentos sociais, durante a manifestação que começou as 16h. A expectativa era que os manifestantes voltassem ao Senado hoje (27) para entregar uma pauta de reivindicações.