Líderes da base aliada apoiam adiamento de visita de Dilma
De acordo com líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, não teria sentido Dilma visitar os EUA, que não deram ao governo explicações satisfatórias
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 20h00.
Brasília – A decisão da presidenta Dilma Rousseff de adiar a visita de Estado que faria em outubro aos Estados Unidos agradou a líderes da base aliada na Câmara dos Deputados .
De acordo com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não teria sentido a presidenta visitar os Estados Unidos, que não deram ao governo brasileiro explicações satisfatórias sobre a espionagem a autoridades e empresas nacionais.
“Eu antevia [essa decisão], porque ela [a presidenta Dilma] deixou pública sua contrariedade", disse Chinaglia. Segundo o líder, a presidenta também claro que Brasil exigia explicações para que o encontro político ocorresse. Na visão de Chinaglia, as respostas dos norte-americanos foram, no máximo, "de amizade", e o adiamento da viagem mostra a insatisfação do governo com a situação.
Para o líder do PT, José Guimarães (CE), ao suspender a viagem, Dilma sinaliza para uma nova relação pública com os Estados Unidos.
“Ninguém deve temer os Estados Unidos. Qualquer grito dos Estados Unidos não pode inibir o governo brasileiro. A presidenta está correta, tem nosso apoio e solidariedade, ela foi uma mestra nessa ação.”
Guimarães disse que o telefonema que o presidente Barack Obama deu ontem (16) para a presidenta não resolveu o impasse criado com a espionagem eletrônica. “Então, ela suspende a viagem e, enquanto isso, o diálogo prossegue. É isso que faz o governante que tem compromisso com a soberania do Brasil e com o Estado Democrático de Direito”, afirmou o deputado.
O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), criticou a decisão da presidenta de suspender a viagem. Para ele, a presidenta deveria ter um comportamento de estadista, e não ideológico. "O Brasil deve exigir reparação e penalização de quem cometeu [atos de] espionagem, mas não cabe à presidenta adotar um comportamento ideológico. O país já conviveu com situações como a da Bolívia, quando [o presidente] Evo Morales saqueou refinarias brasileiras e o governo não tomou qualquer atitude”, ressaltou Caiado.
Brasília – A decisão da presidenta Dilma Rousseff de adiar a visita de Estado que faria em outubro aos Estados Unidos agradou a líderes da base aliada na Câmara dos Deputados .
De acordo com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não teria sentido a presidenta visitar os Estados Unidos, que não deram ao governo brasileiro explicações satisfatórias sobre a espionagem a autoridades e empresas nacionais.
“Eu antevia [essa decisão], porque ela [a presidenta Dilma] deixou pública sua contrariedade", disse Chinaglia. Segundo o líder, a presidenta também claro que Brasil exigia explicações para que o encontro político ocorresse. Na visão de Chinaglia, as respostas dos norte-americanos foram, no máximo, "de amizade", e o adiamento da viagem mostra a insatisfação do governo com a situação.
Para o líder do PT, José Guimarães (CE), ao suspender a viagem, Dilma sinaliza para uma nova relação pública com os Estados Unidos.
“Ninguém deve temer os Estados Unidos. Qualquer grito dos Estados Unidos não pode inibir o governo brasileiro. A presidenta está correta, tem nosso apoio e solidariedade, ela foi uma mestra nessa ação.”
Guimarães disse que o telefonema que o presidente Barack Obama deu ontem (16) para a presidenta não resolveu o impasse criado com a espionagem eletrônica. “Então, ela suspende a viagem e, enquanto isso, o diálogo prossegue. É isso que faz o governante que tem compromisso com a soberania do Brasil e com o Estado Democrático de Direito”, afirmou o deputado.
O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), criticou a decisão da presidenta de suspender a viagem. Para ele, a presidenta deveria ter um comportamento de estadista, e não ideológico. "O Brasil deve exigir reparação e penalização de quem cometeu [atos de] espionagem, mas não cabe à presidenta adotar um comportamento ideológico. O país já conviveu com situações como a da Bolívia, quando [o presidente] Evo Morales saqueou refinarias brasileiras e o governo não tomou qualquer atitude”, ressaltou Caiado.