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Líder sem-terra que denunciou fazendeiros é morto na Bahia

Gomes, que já foi integrante do Movimento dos Sem-Terra (MST), havia denunciado desmatamentos ilegais em fazendas da região


	MST: para o coordenador nacional do MSL, o assassinato de Gomes foi uma retaliação "do latifúndio" à sua luta pela terra
 (Edwirges Nogueira/Agência Brasil)

MST: para o coordenador nacional do MSL, o assassinato de Gomes foi uma retaliação "do latifúndio" à sua luta pela terra (Edwirges Nogueira/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 16h44.

Sorocaba - O líder sem-terra Alexsandro dos Santos Gomes, fundador e coordenador geral do Movimento de Resistência Camponesa (MRC), foi morto a tiros por homens encapuzados, na noite de terça-feira, 31, no distrito de São Francisco do Paraguaçu, município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano.

O pai do sem-terra, Antoniel Cerqueira Gomes, foi ferido com um tiro no pé.

De acordo com a Polícia Militar, cinco homens chegaram ao local de barco pelo Rio Paraguaçu e, depois de atirar em Gomes, que estava em casa, na Baía do Iguape, fugiram na mesma embarcação.

Ele foi atingido nas costas e na cabeça. O corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Cachoeira. Antoniel foi medicado e recebeu alta.

Gomes, que já foi integrante do Movimento dos Sem-Terra (MST), havia denunciado desmatamentos ilegais em fazendas da região.

Policiais militares foram à região em busca de suspeitos. Movimentos sociais denunciam um recrudescimento da violência no campo e o relacionam com a situação política do País.

De acordo com Luciano de Lima, coordenador nacional do Movimento Social de Luta (MSL), o assassinato de Gomes foi uma retaliação "do latifúndio" à sua luta pela terra.

Ele lembrou que, há uma semana, um integrante do MSL foi baleado durante uma ocupação em Água Limpa, interior de Goiás.

Em abril, dois integrantes do Movimentos dos Sem-Terra (MST) foram mortos e outros seis ficaram feridos em suposto confronto com a Polícia Militar em Quedas do Iguaçu, no Paraná.

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