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Líder dos cabeças-pretas do PSDB anuncia filiação ao PPS

Negociação faz parte da debandada de parte dos cabeças-pretas do PSDB, tucanos mais jovens que passaram a atuar como oposição ao governo Temer

PSDB: deputado Daniel Coelho saíra do partido para ocupar a presidência do PPS (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2018 às 17h15.

Brasília - Líder dos "cabeças pretas" do PSDB , o deputado federal Daniel Coelho (PE) anunciou nesta segunda-feira, 2, ao Broadcast Político que vai se filiar ao PPS .

Ele disse que se ligará à legenda após receber o compromisso da direção da nova sigla de que mudará de nome, como parte de um processo de "renovação" do partido. A ideia, afirmou, é que o PPS passe a se chamar "Movimento 23".

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"Hoje deixo o PSDB para me filiar ao PPS. Junto com jovens idealistas, com aqueles que fazem e fizeram o partido, além de movimentos de renovação política como Agora, Livres, RenovaBR e Acredito, estamos construindo a transição para uma nova legenda. Com novo nome, renovada em ideias, práticas e processo democrático", afirmou o parlamentar pernambucano.

Coelho vinha negociando com o PPS desde o início do ano, como mostrou o Broadcast Político em 14 de março. A negociação faz parte do movimento de debandada de parte dos cabeças-pretas do PSDB, como ficaram conhecidos tucanos mais jovens que passaram a atuar como oposição ao governo do presidente Michel Temer. O movimento começou na época em que o senador Tasso Jereissati (CE) comandava o partido.

No PSDB, porém, a saída de Coelho é tratada como uma questão de disputa regional e não teria relação com o movimento que rachou o partido no ano passado.

A reportagem apurou que o deputado, que perdeu o comando do PSDB em Pernambuco, terá a presidência do PPS no Estado. Ele ocupará o espaço deixado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann (PE), que deixou o PPS e decidiu não disputar as eleições.

Coelho chegou a liderar negociação dos cabeças pretas para se filiarem ao PSL. A negociação se deu com o "Livres", tendência libertária da sigla que comandava 12 diretórios estaduais e que prometeu aos tucanos que a legenda passaria a atuar como uma espécie de "movimento", com viés liberal na economia e na política.

Os tucanos, porém, desistiram da ideia após o deputado Jair Bolsonaro (RJ) acertar filiação ao PSL para ser candidato à Presidência da República pelo partido.

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