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Líder do PT de Campinas diz que partido virou "judeu político"

Durval de Carvalho fez a afirmação ao justificar a série de escândalos que marcam a sigla

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PT: líder do partido fez uma alusão à "perseguição" ao PT à perseguição sofrida pelos judeus na Alemanha nazista (Bruno Kelly/Reuters)

PT: líder do partido fez uma alusão à "perseguição" ao PT à perseguição sofrida pelos judeus na Alemanha nazista (Bruno Kelly/Reuters)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de maio de 2017, 12h45.

São Paulo - O novo presidente do PT de Campinas (SP), Durval de Carvalho, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o partido "acabou se tornando um judeu político" ao justificar a série de escândalos que marcam a sigla, como as investigações da Operação Lava Jato.

Ele foi eleito para comandar o Diretório Municipal no dia 29 de abril. Na avaliação da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), a declaração do petista é antissemita.

"O PT cometeu muitos equívocos e acabou se tornando um judeu político", disse Carvalho ao jornal "Correio Popular", de Campinas, na edição do dia 30 de abril. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o petista afirmou que não se expressou de forma pejorativa ao usar a expressão "judeu". "O que eu quis dizer é que o PT está parecido com a condição dos judeus na década de 1930 na Europa, quando foram perseguidos", afirmou, em referência ao Holocausto.

Carvalho afirmou também que o partido nasceu da "luta" contra todo o tipo de preconceito e discriminação e fez uma alusão à "perseguição" ao PT à perseguição sofrida pelos judeus na Alemanha nazista. "Eu estou convencido de que o Brasil está assistindo à ascensão do fascismo, à perseguição a quem pensa diferente", disse.

Para o presidente executivo da Fisesp, Ricardo Berkiensztat, porém, o uso da palavra "judeu" na fala de Carvalho está associada à condição de "pária". "Acho que todo mundo que coloca pejorativamente o nome judeu e tenta compará-lo a alguma coisa negativa, ou mostra um antissemitismo, ou mostra desconhecimento", afirmou.

Berkiensztat também diz que não se deve comparar os erros do PT a um período histórico como o Holocausto. "Nada se compara ao período nazista. É você minimizar o que foi o Holocausto. A gente não banaliza o Holocausto desta forma, muito menos com equívocos de um partido político", disse.

Nas redes sociais, a Fisesp divulgou uma nota de repúdio às declarações de Carvalho. A instituição pede uma retratação do novo presidente do PT de Campinas.

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