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Lewandowski diz esperar anunciar desfecho de investigação sobre assassinato de Marielle 'em breve'

Caso completa seis anos sem responder quem mandou matar vereadora do PSOL

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça (STF/Flickr/Divulgação)

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça (STF/Flickr/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2024 às 13h27.

Seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou ter a expectativa de anunciar um desfecho das investigações "em breve".

Ao GLOBO, Lewandowski disse que o inquérito é sigiloso, mas que as informações que chegam à sua pasta são positivas.

— Vamos resolver. As investigações estão avançando mesmo. O inquérito é sigiloso e o ministro não se mete nos inquéritos que são levados, mas as notícias que temos é que nós vamos encontrar os criminosos. Espero poder anunciar isso em breve — afirmou.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018. O carro em que os dois estavam foi alvejado por outro veículo e os dois morreram na hora. Desde então, as investigações passaram pelas mãos de cinco delegados da Polícia Civil, que comandaram as apurações.

Em delação premiada, Élcio Queiroz, que dirigiu o carro onde estava o atirador Ronnie Lessa, deu detalhes de como foi a ação, mas ainda não foi possível à polícia apontar os mandantes do crime.

A principal suspeitas dos investigadores é que a causa do assassinato da parlamentar seria a disputa por terras na Zona Oeste do Rio.

Em fevereiro do ano passado, a Polícia Federal assumiu o caso e, como revelou o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, negociou um acordo de delação premiada com o ex-sargento da Polícia Militar do Rio Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime. A colaboração, porém, ainda não foi homologada pela Justiça.

Como o acordo foi submetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), isso indica que quem mandou executar a parlamentar tem foro por prerrogativa de função.

Antes de Lessa, a PF já havia obtido a delação de outro ex-PM, Élcio de Queiroz, que admitiu ter dirigido o carro utilizado na emboscada à vereadora. Em seu acordo, Élcio chegou a citar o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão como tendo envolvimento na morte de Marielle. Como ele tem foro privilegiado, há uma possibilidade de Lessa ter mencionado o nome de Brazão. A delação está na mesa do ministro Raul Araújo, do STJ.

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