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Lei pode deixar Uber três vezes mais caro no DF

Para o Uber, as limitações tornam seu serviço ineficiente e tiram a oportunidade de renda de muitos motoristas


	Pessoa com camiseta do Uber usa celular: para o Uber, as limitações tornam seu serviço ineficiente
 (Shannon Stapleton/Reuters)

Pessoa com camiseta do Uber usa celular: para o Uber, as limitações tornam seu serviço ineficiente (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 18h09.

São Paulo - Em breve, quem for usar o Uber no Distrito Federal pode esperar mais tempo por um carro e pagar muito mais pela corrida - isso se conseguir utilizar o serviço.

Essa é a projeção da empresa caso o Projeto de Lei 777/2015, de autoria do governo do DF, seja sancionado.

Aprovado pela Câmara Legislativa na última terça-feira, o projeto gerou polêmica por conter uma emenda que limita o número de motoristas disponíveis. Após um acordo, os deputados deixaram a responsabilidade de estabelecer o limite para o Executivo.

O deputado Rodrigo Delmasso (PTN) afirmou à Agência Brasil que o texto "beneficia os taxistas e os motoristas do Uber". Entretanto, a empresa não compartilha a mesma opinião.

Para o Uber, as limitações tornam seu serviço ineficiente.

"Com menos motoristas parceiros nas ruas, maior é o tempo de espera por um carro. O preço das viagens também aumentaria consideravelmente", disse a empresa por meio da assessoria de imprensa.

As viagens chegariam a custar três vezes mais do que o valor atual, segundo o Uber. "Não seria mais vantajoso para o usuário deixar de usar seu carro próprio e se movimentar pela cidade em outros modais. Mais do que isso, essa limitação torna o UberPool inviável na cidade". 

No UberPool, as corridas são compartilhadas entre desconhecidos que vão para lugares próximos, o que deixa a corrida mais barata.  

A empresa chegou a simular como o serviço funcionaria após a aprovação da lei com o chamado "Novo Uber X?". A escolha exibia a seguinte mensagem:

Reprodução

Além dos problemas aos usuários, o Uber diz que o projeto vai tirar a oportunidade de renda de motoristas parceiros.

"Qualquer tipo de barreira artificial faz com que o sistema fique menos eficiente. O ideal é uma legislação que pense no futuro, mantendo pouca burocracia e permitindo eficiência máxima - isso quer dizer, usuários conseguem um carro rapidamente e motoristas fazem mais viagens por dia, ganhando mais dinheiro", diz a empresa.

O governador Rodrigo Rollemberg tem 90 dias para regulamentar o serviço.

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