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Lava Jato investiga cartel de empreiteiras por fraudes em licitações

A força-tarefa mira executivos da italiana Techint por suspeita de participação no esquema de pagamento de propinas

Polícia Federal: agentes cumprem mandados de busca e apreensão  (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Polícia Federal: agentes cumprem mandados de busca e apreensão (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 08h36.

Última atualização em 23 de outubro de 2019 às 08h38.

Rio de Janeiro — A Polícia Federal saiu às ruas na manhã desta quarta-feira (23) para cumprir 23 mandados de busca e apreensão em uma nova fase da operação Lava Jato, desta vez para investigar executivos da italiana Techint por suspeita de participação no cartel de empreiteiras formado para fraudar licitações da Petrobras, informaram a PF e o Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o MPF, a Techint pagou propinas milionárias, diretamente e por meio de suas subsidiárias brasileiras Techint Engenharia e Construção e Confab Industrial, a funcionários de alto escalão de três diferentes diretorias da Petrobras em troca de conseguir contratos com a estatal.

Somente três contratos da Petrobras com consórcios formados pela Techint somaram mais de 3,3 bilhões de reais, disse o MPF. Separadamente, a PF disse que as investigações aponta pagamento de até 60 milhões de reais em propina pela Techint em contratos com a Petrobras.

A pedido da Lava Jato, a Justiça Federal do Paraná decretou o bloqueio de ativos financeiros de investigados no valor aproximado de 1,7 bilhão de reais, disseram a PF e o MPF.

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