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Justiça decreta prisão preventiva de seguranças que chicotearam jovem

Os seguranças Davi e Valdir já haviam sido indiciados pela Polícia Civil pelo crime de tortura

Supermercado (Google Street View/Reprodução)

Supermercado (Google Street View/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 18h47.

A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva dos seguranças Davi de Oliveira Fernandes e Valdir Bispo dos Santos, acusados de chicotearem um menor negro de 17 anos nas dependências do Supermercado Ricoy, na zona sul da cidade. Os dois estavam presos em regime temporário. Agora, ficam custodiados por tempo indeterminado.

A informação sobre a preventiva dos seguranças foi divulgada pela Globo News nesta segunda-feira, 16, e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda nesta segunda, o Ministério Público do Estado denunciou os seguranças pelos crimes de tortura, cárcere privado e divulgação de cenas de nudez por causa da divulgação de imagens por celular da vítima sendo açoitada completamente despida.

Davi e Valdir já haviam sido indiciados pela Polícia Civil pelo crime de tortura.

O jovem prestou depoimento, em 2 de setembro, ao 80º Distrito Policial, da Villa Joaniza, no Sul de São Paulo, após o vídeo das agressões cair na internet e virar alvo de inquérito policial.

O rapaz afirmou que, em agosto, pegou uma barra de chocolate das gôndolas e tentou sair do Supermercado Ricoy sem pagar. Ao tentar sair, foi abordado por Valdir Bispo dos Santos que, com o apoio de Davi de Oliveira Fernandes, o levou até uma sala nos fundos da loja.

O jovem acrescentou. "Ali a vítima foi despida, amordaçada, amarrada e passou a ser torturada com um chicote de fios elétricos trançados. Ali, permaneceu por cerca de quarenta minutos, sendo agredido o tempo todo".

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