Polícia se posiciona durante protesto contra a Copa do Mundo na Avenida Paulista, em São Paulo (REUTERS/Chico Ferreira)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 11h42.
São Paulo - A Justiça de São Paulo aceitou nesta segunda-feira, 21, a denúncia do Ministério Público contra o professor Rafael Lusvarghi e o técnico laboratorial Fábio Hideki Harano, presos desde junho por suspeita de coordenar ações violentas durante as manifestações contra a Copa do Mundo.
A defesa nega as acusações, mas ainda não se pronunciou sobre a decisão judicial.
A denúncia foi recebida pelo juiz Marcelo Matias Pereira, do Foro Criminal da Barra Funda. Lusvarghi e Harano vão responder por incitação ao crime, associação criminosa, resistência, desobediência e porte de arma de fogo de uso restrito.
Com o estudante, segundo a polícia, foram apreendidos uma máscara de gás e "artefatos incendiários". De acordo com policiais que testemunharam na denúncia, Lusvarghi foi visto depredando uma banca de jornal e, quando perseguido, teria tentado dispersar um coquetel molotov.
O processo contra os manifestantes aponta que a dupla já era investigada por terem sido filmados e fotografados "coordenando as manifestações" e que Harano "estava dando voz de comando para os demais envolvidos iniciarem os atos de vandalismo e arruaça".
Um delegado que foi incumbido de monitorar o ato "Todos contra a Copa", em que os jovens foram presos, os teria visto "conversando amistosamente, sendo que pelos gestos demonstravam ser conhecidos e íntimos".
O habeas corpus pedido para Harano foi rejeitado pela Justiça na segunda-feira, 21.