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Juntar Cultura e Educação é seguir o modelo da Guiné-Bissau, diz ministro

Proposta de Bolsonaro faz parte da intenção do novo governo de enxugar ministérios para cortar gastos; objetivo é chegar a apenas 16 pastas

Sérgio Sá Leitão: ministro propôs, em contrapartida, unificar a pasta com Esporte e Turismo, que seriam ministérios do mesmo peso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 19h17.

São Paulo - O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, divulgou uma nota nesta quarta-feira, 31, no qual iguala proposta do presidente eleito Jair Bolsonaro em relação ao Ministério da Cultura com modelo adotado na Guiné-Bissau.

No texto, Leitão defende que transformar o Ministério da Cultura em uma secretaria do Ministério da Educação, em conjunto com o Esporte, "tem um paradigma que não me parece adequado: Guiné-Bissau", afirmou. Na versão original da nota, o ministro havia comparado a proposta a modelo adotado na Venezuela.

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A reportagem do Estado chegou a apurar, nos endereços eletrônicos oficiais do governo venezuelano, a existência de três pastas separadas: Ministério da Educação, Ministério da Educação Universitária, Ciência e Tecnologia e o Ministério da Cultura. Já no país africano, consta o Ministério da Educação, Ensino Superior, Juventude, Cultura e Esporte.

A proposta de Bolsonaro faz parte da intenção do novo governo de enxugar ministérios, sob a justificativa de corte de gastos. Na terça-feira, 30, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, reforçou a unificação das pastas de Esporte e Cultura com Educação, além de afirmar que pastas tradicionais devem se manter isoladas. O governo pretende ter, no máximo, 16 ministérios.

Ainda na nota do ministro da Cultura, Leitão defende a proposta de unificar a pasta com Esporte e Turismo. Apresentando uma lista de argumentos, ele afirma que "são três ministérios do mesmo peso" e "são três áreas que compõem o campo da economia criativa (ou economia do tempo livre, ou economia do entretenimento)".

O ministro segue o texto com uma lista de países onde tal política foi adotada, encabeçada pelo Reino Unido e pela Coreia do Sul. Além disso, ele ressalta a ideologia dos governos apresentados por ele como exemplos a serem seguidos. Todos são de direita ou centro-direita, segundo ele, assim similares às ideologias de Bolsonaro.

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