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Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Primeiro-Ministro do Líbano renuncia; Julgamento de Atibaia suspenso; Nova eleição no Reino Unido;

Saad Al-Hariri: primeiro-ministro do Líbano disse que chegou a um “beco sem saída” após 13 dias de manifestações no país (Mohamed Azakir/Reuters)

Saad Al-Hariri: primeiro-ministro do Líbano disse que chegou a um “beco sem saída” após 13 dias de manifestações no país (Mohamed Azakir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2019 às 07h07.

Última atualização em 30 de outubro de 2019 às 07h45.

Julgamento de Atibaia suspenso

O desembargador convocado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Leopoldo Arruda, relator da Operação Lava Jato na Corte, suspendeu o julgamento desta quarta-feira que analisaria a possível anulação da sentença da ação penal sobre o sítio de Atibaia, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Corte vai julgar se a sentença da juíza Gabriela Hardt, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, deve ser anulada para que o caso volte à fase de alegações finais. O pedido da própria defesa do ex-presidente aponta a decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou a pena de outro alvo da Lava Jato por entender que seu direito de defesa foi ferido em razão de não poder apresentar suas alegações finais após seus delatores, na reta final do processo.

US$ 10 bi sauditas no Brasil

O ministro das relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciaram nesta terça-feira, 29, que o Fundo Soberano da Arábia Saudita investirá 10 bilhões de reais no Brasil. O acordo foi costurado durante a visita do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ao país árabe chefiado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman — acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, crítico ao seu regime. Apesar cifra alta, não foi especificado onde e quando o dinheiro saudita seria aplicado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Fundo Soberano irá explorar as “potenciais oportunidades de investimentos mutuamente benéficos”.

Comissão da Câmara aprova previdência militar

A comissão especial da Câmara que trata do projeto que altera as aposentadorias e reestrutura a carreira dos militares concluiu a votação da proposta nesta terça-feira 29. Por tramitar em caráter conclusivo, a medida pode seguir direto ao Senado, a não ser que seja apresentado um recurso – com o apoio de ao menos 51 deputados – para levá-lo ao plenário da Câmara antes de encaminhá-lo aos senadores. A oposição já avisou que pretende lançar mão do instrumento para que o projeto não seja imediatamente encaminhado à outra Casa. O texto-base do projeto já havia sido aprovado na última semana, mas faltava a análise de emendas. A primeira delas, apresentada na intenção de aumentar os ganhos militares e estendê-los a integrantes de patentes mais baixas, foi rejeitada por 18 votos a 10. A rejeição da emenda provocou protestos na comissão, que chegou a ter sua reunião suspensa na tarde desta terça-feira.

Lava Jato faz buscas relacionadas a Paulo Preto

A força-tarefa da Operação Lava Jato cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira em uma investigação que tem como alvo Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (estatal de obras viárias do governo paulista). Segundo o Ministério Público Federal, Paulo Preto, como é conhecido, é suspeito do crime de lavagem de dinheiro em um esquema que contou com a participação de familiares e prestadores de serviço. São alvos das buscas familiares e pessoas ligadas ao ex-diretor da Dersa, além de prestadores de serviço. De acordo com o MPF, a investigações indicam a possível participação de Paulo Preto na “na gestão de pessoas jurídicas usadas para a prática de atos de lavagem, bem como em ocultação de documentos”. Apontado como operador financeiro do PSDB, Paulo Preto foi diretor da Dersa de 2005 a 2010, nos governos tucanos de Geraldo Alckmin e José Serra no estado de São Paulo, e está preso em Curitiba desde fevereiro deste ano, como desdobramento da 60ª fase da Lava Jato.

Covas: vamos vencer

De seu quarto no Hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo, onde está internado para tratar de um câncer metastático que atinge seu sistema digestivo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) gravou um vídeo em que agradece o apoio que tem recebido desde que a doença foi diagnosticada, no fim de semana. A mensagem foi postada em sua conta no Instagram. Covas começou a receber a quimioterapia às 9 horas desta terça-feira, 29, em um processo que deve durar ao menos até as 15 horas de amanhã. Nesta terça, recebeu visita de cortesia do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de cinco secretários municipais. Ele está acompanhado da mãe, Renata, do irmão Gustavo Covas e do filho, Tomás, de 14 anos.

Primeiro-Ministro do Líbano renuncia

O primeiro-ministro do Líbano, Saad al-Hariri, anunciou sua renúncia nesta terça-feira 29. A demissão do mandatário já vinha sendo especulada pela imprensa internacional, após duas semanas de intensas manifestações no país. Em um discurso televisionado, o premiê afirmou que se encontrava sob um impasse e comunicou que decidiu enviar seu pedido de demissão ao presidente libanês, Michel Aoun. Disse que chegou a um “beco sem saída” na tentativa de resolver uma crise desencadeada por grandes protestos contra a elite governante do país. O Líbano enfrenta treze dias seguidos de protestos contra a situação econômica. O país tem a terceira maior taxa de dívida pública por produto interno bruto do mundo, de 152%, atrás apenas de Japão e Grécia. Na segunda-feira, o premiê havia anunciado um pacote de reformas para conter a crise que envolvia diversas medidas, dentre elas o corte de 50% dos salários dos políticos. Ainda assim, os protestos continuaram.

Oposição do Reino Unido aprova antecipar eleições

O Reino Unido está próximo de realizar novas eleições, após o Partido Trabalhista, de oposição ao governo do premiê Boris Johnson, anunciar nesta terça-feira 29 que concordará com a realização do pleito antecipado em dezembro. Na segunda-feira, o Parlamento recusou a proposta de realização das eleições em 12 de dezembro apresentada por Johnson. Na votação, os deputados trabalhistas foram alguns dos legisladores que se posicionaram contra o adiantamento. Nesta terça, contudo, o líder do partido, Jeremy Corbyn, afirmou que a cúpula da legenda decidiu dar seu apoio à medida proposta pelo governo. Com o apoio da oposição, Johnson deve ter os votos necessários para aprovar o adiantamento. A condição imposta pelos trabalhistas para aprovar a convocação das eleições era que a possibilidade de um Brexit sem acordo com a União Europeia (UE) fosse totalmente descartada. Segundo Corbyn, suas demandas foram cumpridas.

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