Noiva e noivo abraçados no dia do casamento (ThinkStock/Thinkstock)
Raphael Martins
Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 16h07.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h16.
São Paulo – Ao contrário do que aconteceu com seus pais, os jovens brasileiros até 25 anos estão casando menos ou mais tarde de acordo com a taxa de nupcialidade divulgada ontem (30) pelo IBGE. Os dados fazem referência ao ano de 2014, organizados na pesquisa Estatística do Registro Civil do instituto.
A Taxa de Nupcialidade Legal é um índice que mostra o número de casamentos por cada mil habitantes. No ano passado, homens de 15 a 24 anos marcaram as menores taxas dos 40 anos de amostra da pesquisa. (Veja infográfico abaixo)
No grupo de 20 a 24 anos, tradicionalmente o de maiores índices de casórios, os noivos marcaram 23,7 matrimônios para cada 1 mil habitantes, número bem inferior aos 70,5 de 1974. Há 10 anos, o índice era de 25,9.
Para as mulheres, houve leve aumento em comparação a 2004, de 29,62 para 30,0 casamentos para cada 1 mil mulheres. Na série histórica, porém, o número já chegou a 61,6, em 1974.
Em contraste à evidente queda de noivos jovens, para o grupo de 30 a 34 anos, o ano de 2014 é líder em taxa de nupcialidade. Simplificando, isso significa que nunca houve tantos casamentos entre os “trintões”.
Para mulheres, a liderança já vem desde o grupo de 25 a 29 anos, com 30,7 casamentos por 1 mil habitantes, contra 29,8 de 1974. No grupo de 30 a 34, as noivas de 2014 estão a ponta com folga: 21,4 contra 13,5 de 1984.
Os noivos de 2014 só chegam à ponta no grupo 35 a 39 anos, mas perseguem de perto os líderes desde a faixa de idade anterior.
O IBGE também tira a média de idade dos noivos no período. Em 1974, noivas tinham em média 23 e noivos 27 anos de idade. Atualmente, a média é de 30 e 33 anos, respectivamente.
O instituto atribui essa mudança comportamental principalmente ao aumento de composição de faixas etárias mais elevadas na população brasileira — sabe-se, por exemplo, que no período caiu o número de jovens e subiu o de população em faixas etárias médias.
Mas deve-se atribuir a mudança também ao planejamento familiar e à consolidação da mulher no mercado de trabalho, adiando casamentos e a chegada de filhos em busca de suas ambições profissionais.