São Paulo - Depois de virar réu na Operação Lava Jato, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, estaria a um passo de se licenciar do cargo, segundo informações do colunista  Ilimar Franco do jornal O Globo. A sigla nega a decisão.

Vaccari é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no esquema de desvios de recursos da Petrobras.

Ontem, o juiz Sérgio Moro, que acompanha o caso, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o tesoureiro e outras 26 pessoas. A partir deste momento, Vaccari se tornou réu no caso.

Delatores  o acusam de receber propina do clube de empreiteiras envolvidas no escândalo. Segundo Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da estatal, Vaccari negociava diretamente com as construtoras e era o responsável pelo repasse dos valores à sigla, muitas vezes, sob a aparência de doações legais. De acordo com o Ministério Público Federal, foram feitas 24 doações de R$ 4,26 milhões entre 2008 e 2010 com dinheiro oriundo do do esquema. 

O vice-presidente da Camargo Corrêa Eduardo Leite confirmou a versão ao afirmar que Vaccari teria pedido a ele uma doação de R$ 10 milhões, a título de propina atrasada de uma diretoria da Petrobras.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Vaccari estaria resistente à ideia de se afastar do cargo. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido convocado para convencer o tesoureiro.