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Janot se defende de ataques de investigados na Lava Jato

Procurador-geral é acusado por parlamentares de conduzir o caso de forma pessoal

"Eu tenho uma função pública, a qual assumi por concurso público e a exerço há 31 anos", declarou Rodrigo Janot (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 22h03.

Brasília - Às vésperas de iniciar o processo de recondução ao cargo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou nesta segunda-feira, 25, a se defender de ataques feitos por parlamentares investigados na Operação Lava Jato que o acusam de conduzir o caso de forma pessoal.

"Eu não procuro emprego. Eu tenho uma função pública, a qual assumi por concurso público e a exerço há 31 anos", disse o procurador-geral, cujo mandato se encerra em setembro.

Janot mandou um recado aos parlamentares de que os trabalhos de combate à corrupção vão continuar mesmo sem sua permanência no comando do Ministério Público Federal.

"Se um colega não fizer, não se iludam, outro, com muito mais vazão, com muito mais força, o fará. Assim nos ordena a Constituição, a República, a democracia", afirmou, no lançamento de uma campanha de combate à corrupção .

Para seguir no cargo após dois anos à frente do MPF, Janot terá que passar por nova sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de ser aprovado pelo plenário da Casa.

Janot falou ainda em atuação "tranquila, profissional e impessoal" do Ministério Público "frente aos graves fatos de corrupção de todos conhecidos".

"Atuação de todos os membros do Ministério Público brasileiro revela a unidade que nos marca, permitindo que atuemos de forma profissional e despersonalizada", disse. Em nenhum momento o procurador-geral fez menção direta aos ataques que tem sofrido.

Atualmente, 13 senadores são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por solicitação da PGR por suposto envolvimento no esquema de corrupção e propina envolvendo a Petrobras. Entre os investigados, está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O procurador-geral vem sofrendo ataques de parlamentares desde a divulgação da lista de investigados, no início de março.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) o acusa de escolher de forma pessoal os investigados. O senador Fernando Collor (PTB-AL), também investigado na Lava Jato, chamou Janot de "chantagista" na última semana, após a solicitação de quebra de seu sigilo fiscal e bancário.

Recentemente, Collor deu entrada a quatro requerimentos na mesa diretora do Senado contra Janot.

Campanha

As declarações do procurador-geral foram feitas durante lançamento da campanha "Corrupção, não", que reúne 21 países integrantes da Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (AIAMP).

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"Eu não procuro emprego. Eu tenho uma função pública, a qual assumi por concurso público e a exerço há 31 anos", disse o procurador-geral, cujo mandato se encerra em setembro.

Janot mandou um recado aos parlamentares de que os trabalhos de combate à corrupção vão continuar mesmo sem sua permanência no comando do Ministério Público Federal.

"Se um colega não fizer, não se iludam, outro, com muito mais vazão, com muito mais força, o fará. Assim nos ordena a Constituição, a República, a democracia", afirmou, no lançamento de uma campanha de combate à corrupção .

Para seguir no cargo após dois anos à frente do MPF, Janot terá que passar por nova sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de ser aprovado pelo plenário da Casa.

Janot falou ainda em atuação "tranquila, profissional e impessoal" do Ministério Público "frente aos graves fatos de corrupção de todos conhecidos".

"Atuação de todos os membros do Ministério Público brasileiro revela a unidade que nos marca, permitindo que atuemos de forma profissional e despersonalizada", disse. Em nenhum momento o procurador-geral fez menção direta aos ataques que tem sofrido.

Atualmente, 13 senadores são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por solicitação da PGR por suposto envolvimento no esquema de corrupção e propina envolvendo a Petrobras. Entre os investigados, está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O procurador-geral vem sofrendo ataques de parlamentares desde a divulgação da lista de investigados, no início de março.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) o acusa de escolher de forma pessoal os investigados. O senador Fernando Collor (PTB-AL), também investigado na Lava Jato, chamou Janot de "chantagista" na última semana, após a solicitação de quebra de seu sigilo fiscal e bancário.

Recentemente, Collor deu entrada a quatro requerimentos na mesa diretora do Senado contra Janot.

Campanha

As declarações do procurador-geral foram feitas durante lançamento da campanha "Corrupção, não", que reúne 21 países integrantes da Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (AIAMP).

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