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Pezão critica ação unilateral e pede diálogo sobre Jaguari

O governador do Rio de Janeiro reafirmou nesta terça-feira, 12, a necessidade da manutenção do diálogo com o governo de São Paulo e o governo federal

Pezão: ele ressaltou que regulação do uso da água do Jaguari cabe ao governo federal (Lucas Figueiredo/Divulgação)

Pezão: ele ressaltou que regulação do uso da água do Jaguari cabe ao governo federal (Lucas Figueiredo/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 16h51.

Rio - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), classificou como "unilateral" a decisão do governo paulista de reduzir a vazão da água do Rio Jaguari, importante afluente do Rio Paraíba do Sul.

Ele também reafirmou nesta terça-feira, 12, a necessidade da manutenção do diálogo com o governo de São Paulo e o governo federal.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a Companhia Energética de São Paulo (CESP) a aumentar a vazão de água de 10 mil para 30 mil litros por segundo, como determinou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na semana passada.

Essa diminuição poderia prejudicar o abastecimento e a geração de energia do Rio, Minas e parte de São Paulo.

"São Paulo não pode tomar uma decisão unilateral. Eu confio muito no diálogo. Tenho certeza que o governo federal, através da Agência Nacional de Águas (ANA), vai determinar o que tem que ser feito no Rio Paraíba do Sul, como sempre foi feito, há mais de 60 anos".

Pezão ressaltou que a regulação do uso da água do Jaguari cabe ao governo federal.

"O governo do Rio está obedecendo à lei federal. O Paraíba do Sul é um rio que tem regulação feita pela Agência Nacional de Águas. Portanto, os estados têm de seguir a legislação federal. Não podemos fazer disso uma batalha. A gente quer que o mediador, continue sendo o governo federal. Estamos cumprindo estritamente o que determina a lei", completou.

De acordo com o governo estadual fluminense, caso a CESP continue a descumprir a determinação do ONS, todo o sistema de geração de energia da Light poderá ser afetado, o que prejudicaria as populações de Minas e Rio, "colocando em risco a gestão do sistema interligado de todo o país".

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