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Itamaraty prevê mais reclamações contra o Brasil na OMC

Diplomacia brasileira acredita que crescimento econômico deve transformar o país em alvo de reclamações no comércio internacional

Palácio do Itamaraty: “Como nós seguimos as regras, não temos telhado de vidro” disse um diplomata (José Assenco/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 18h53.

São Paulo – O crescimento econômico do Brasil deve fazer com que mais queixas contra o país sejam levadas à Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa é a previsão do diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Estivallet de Mesquita.

Segundo Mesquita, quanto mais um país ganha relevância no comércio global, mais chama a atenção e mais reclamações recebe. Isso, disse ele, já ocorreu com países que aumentaram sua participação no mercado mundial.

“Há muito interesse pelo mercado brasileiro. Então, os outros países estarão olhando as brechas que existirem”, afirmou Mesquita, após participar de um seminário sobre defesa comercial organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o representante do Itamaraty, porém, o aumento das queixas não deve ser motivo de temor para os brasileiros já que o país segue as regras do comércio mundial. “Como nós seguimos as regras, não temos telhado de vidro”.

Mesquita ressaltou que o Brasil precisa preparar-se contra as demandas. Para isso, o país deverá ter mais profissionais especializados em processos e trâmites da OMC.

O diretor de Negociações Internacionais da Fiesp, Mario Marconini, concorda com Mesquita. Ele disse que o Brasil precisa ter mais pessoas trabalhando em sua defesa comercial. “O nosso sistema está pequeno. Precisamos de muito mais gente”, disse ele, depois de citar o exemplo do México, que tem uma economia menor que a do Brasil, mas uma equipe de defesa maior.

Marconini disse que com mais especialistas na área de defesa comercial, o Brasil também poderia demandar mais da OMC para se proteger de práticas ilegais. Apesar do déficit de pessoal, Marconini acredita que o governo brasileiro tem feito um bom trabalho. “O Brasil vai firme no tribunal, defende o seu. Quando não cumprem [uma decisão], ele insiste”.

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Segundo Mesquita, quanto mais um país ganha relevância no comércio global, mais chama a atenção e mais reclamações recebe. Isso, disse ele, já ocorreu com países que aumentaram sua participação no mercado mundial.

“Há muito interesse pelo mercado brasileiro. Então, os outros países estarão olhando as brechas que existirem”, afirmou Mesquita, após participar de um seminário sobre defesa comercial organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o representante do Itamaraty, porém, o aumento das queixas não deve ser motivo de temor para os brasileiros já que o país segue as regras do comércio mundial. “Como nós seguimos as regras, não temos telhado de vidro”.

Mesquita ressaltou que o Brasil precisa preparar-se contra as demandas. Para isso, o país deverá ter mais profissionais especializados em processos e trâmites da OMC.

O diretor de Negociações Internacionais da Fiesp, Mario Marconini, concorda com Mesquita. Ele disse que o Brasil precisa ter mais pessoas trabalhando em sua defesa comercial. “O nosso sistema está pequeno. Precisamos de muito mais gente”, disse ele, depois de citar o exemplo do México, que tem uma economia menor que a do Brasil, mas uma equipe de defesa maior.

Marconini disse que com mais especialistas na área de defesa comercial, o Brasil também poderia demandar mais da OMC para se proteger de práticas ilegais. Apesar do déficit de pessoal, Marconini acredita que o governo brasileiro tem feito um bom trabalho. “O Brasil vai firme no tribunal, defende o seu. Quando não cumprem [uma decisão], ele insiste”.

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