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Insegurança deixa turistas apreensivos no Rio

Associação de hotéis diz que ataques na cidade até agora não prejudicaram reservas

Policiais patrulham a rua durante operação na favela Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro (REUTERS)

Policiais patrulham a rua durante operação na favela Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 17h08.

Rio de Janeiro – A série de ataques criminosos no Rio de Janeiro tem levado pânico a população do estado e também deixa os turistas inseguros e apreensivos.

Segundo a professora Maria de Almeida, natural de Taquari no Rio Grande do Sul, a sua vinda para a cidade só ocorreu porque as passagens já estavam compradas há dois meses. Hospedada em Copacabana, ela tem medo de sair para mais longe, apesar de não ter presenciado nada de anormal.

“Estou muito preocupada. Não vi nada de anormal, mas tenho medo de sair na rua. Não teria vindo se eu soubesse como estaria agora. Pra ir pra mais longe estou com medo. Acho que não vou aproveitar nada”, disse Maria.

O suiço Christopher Six, entretanto, acredita que a insegurança não é um problema exclusivo do Rio. O técnico em telecomunicações ressalta que o problema é mundial. Ele prefere pensar apenas nas coisas boas.

“A primeira coisa que vem na minha cabeça não é a violência e sim as pessoas que são simpáticas, o clima, as praias. Não me sinto totalmente seguro, vi poucos carros de polícia nas ruas. Sei que a Suíça é uma exceção, mas outros países também apresentam esse problema”.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, afirmou hoje (25) que as reservas de hospedagem já feitas não devem ser prejudicadas ou canceladas nesse primeiro momento.

Segundo ele, as reservas de final de ano e o carnaval de 2011 também não devem sofrer qualquer tipo de revés. ”Acredito que datas como Reveillon e Carnaval não serão afetadas. O mercado internacional fez suas reservas com antecedência e provavelmente não teremos cancelamentos imediatos”.

No entanto, Lopes admitiu que se a onda de violência continuar por um tempo maior, impactos negativos poderão ser sentidos.

“Se essas demonstrações de violência continuarem a médio e longo prazo, podemos sim ter impacto negativo nas reservas, e a situação pode se estender até o interior do estado. O viajante fica preocupado de pegar a estrada, especialmente à noite, e é comum nas sextas-feiras e domingos uma concentração do fluxo de entrada e saída da cidade. Mas não temos previsão de grandes prejuízos para a hotelaria”.

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