Inflação oficial encerra o ano com a maior alta desde 2004: 5,91%
Grupo Alimentos e Bebidas foi o principal responsável pelo resultado, segundo o IBGE
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 15h23.
São Paulo - A inflação oficial do Brasil encerrou o ano passado com alta de 5,91%. É a maior elevação desde 2004 (7,60%).
O grupo Alimentos e Bebidas foi o principal vilão, com alta de 10,39%. "Esse item contribuiu com 2,34 pontos percentuais na formação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que representa 40% do acumulado em 2010", diz relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo do índice.
"O consumidor passou a pagar mais caro especialmente pelos feijões, cujos preços chegaram a subir 51,49% no ano. Mas, levando em conta a importância no orçamento das famílias, a despesa que mais pesou foi a com a compra de carnes. O preço do quilo aumentou 29,64%, em média, liderando a lista dos principais impactos ou contribuições para o IPCA do ano (0,64 ponto percentual). Com influência da alta dos alimentos, também ficou mais caro consumir refeições fora de casa, que aumentaram 10,62% e ficaram com o segundo maior impacto no IPCA do ano (0,46 ponto percentual)."
Grupos | Variação no ano |
---|---|
Alimentação e Bebidas | 10,39% |
Vestuário | 7,52% |
Despesas Pessoais | 7,37% |
Educação | 6,22% |
Saúde e Cuidados Pessoais | 5,07% |
Habitação | 5,00% |
Artigos de Residência | 3,53% |
Transportes | 2,41% |
Comunicação | 0,88% |
IPCA Total | 5,91% |
O IBGE também divulga a inflação oficial medida em várias regiões. Belém (6,86%) liderou a alta dos preços por causa do aumento da energia elétrica (17,58%) e dos alimentos (10,38%). Já Recife teve a menor variação (4,63%) devido à redução da tarifa de energia elétrica (-9,16%) e do gás de botijão (-8,98%).
Regiões | 2010 |
---|---|
Belém | 6,86% |
Curitiba | 6,71% |
Fortaleza | 6,52% |
Rio de Janeiro | 6,41% |
Salvador | 6,21% |
Belo Horizonte | 5,84% |
São Paulo | 5,79% |
Brasília | 5,71% |
Porto Alegre | 5,14% |
Goiânia | 5,11% |
Recife | 4,63% |
Brasil | 5,91% |
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