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Incêndio em São Paulo deixa 4 mortos e 24 feridos

Segundo vizinhos, a moradia tinha emaranhados de fios elétricos com grande risco de curto-circuito

Brás: no imóvel havia uma ocupação de imigrantes de várias nacionalidades (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Brás: no imóvel havia uma ocupação de imigrantes de várias nacionalidades (Rovena Rosa/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 08h38.

Última atualização em 23 de novembro de 2016 às 12h54.

Quatro pessoas morreram e 24 ficaram feridas em um incêndio que começou no início da manhã de hoje (23) na região do Brás, no centro da capital paulista. Os Bombeiros estão no local em busca de mais vítimas que podem ainda estar sob os escombros.

Além dos feridos, alguns bombeiros também precisaram ser socorridos por terem inalado fumaça. O socorro foi acionado às 4h e o fogo foi controlado às 5h. No imóvel de dois andares, localizado na Avenida Celso Garcia, região de comércio têxtil popular, havia uma ocupação de imigrantes de várias nacionalidades.

No andar de baixo havia uma pequena lanchonete e, no andar de cima, os imigrantes moravam e também trabalhavam em precárias oficinas de produção de roupas. Segundo vizinhos, a moradia tinha emaranhados de fios elétricos com grande risco de curto-circuito.

Nelson Suguieda, coordenador operacional da Defesa Civil, confirma a suspeita dos vizinhos. De acordo com ele, a ligação elétrica era clandestina, o que aumenta a possibilidade de curto-circuito. A Defesa Civil fará vistoria no imóvel após o trabalho dos Bombeiros, mas, segundo ele, uma parede apresenta risco de desabar. "Só que o maior risco era o desabamento da cobertura, o que já aconteceu", explica.

Desabrigados Nelson relata dificuldade do Serviço Social em cadastrar as famílias que agora estão desabrigadas. "O grande problema é fazer o atendimento a essas pessoas, elas se negam. Provavelmente, pelo fato de serem ilegais, isso pode ser o motivo de elas não estarem se identificando", disse ele.

A boliviana Zailin Miranda, de 27 anos, e seus dois filhos chegaram ao Brasil há sete meses. Ela conta que pagava aluguel para viver na ocupação e que produzia vestidos para uma empresa boliviana que comercializa no Brás.

Emocionada, ela acompanhava a remoção de móveis e objetos que deixou para trás. Zailin conta que não conseguiu levar nem documentos. "Eu tinha dinheiro, mas queimou tudo. Estão tirando tudo para lixo. Agora, eu não sei. Não tenho dinheiro para voltar para a Bolívia", lamentou.

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