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Impeachment de Temer não pode ser como um "drive-thru", diz Maia

O presidente da Câmara reafirmou nesta quarta que não pretende ser um "instrumento de desestabilização" do governo

Rodrigo Maia: "Quanto tempo se discutiu aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito" (Agência Brasil/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: "Quanto tempo se discutiu aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito" (Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2017 às 16h39.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que os pedidos de impeachment do presidente Michel Temer têm que ser analisadas com "paciência" e não podem ser decididos como se estivesse num "drive-thru".

Maia, que por ser o presidente da Câmara tem a prerrogativa de acolher denúncias por crime de responsabilidade contra o presidente da República, reafirmou nesta quarta que não pretende ser um "instrumento de desestabilização" do governo.

"Eu não posso avaliar uma questão tão grave como esta num drive-thru", disse Maia. "Não é assim, não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito."

Maia aproveitou para negar o que disse ter ouvido de alguns, que teria "engavetado" os pedidos. "Eu não tomei decisão", pontuou.

O presidente da Câmara, que é aliado de Temer, também comemorou a aprovação na terça-feira de uma medida provisória que autorizou os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Apesar de uma dura obstrução, até mesmo integrantes da oposição votaram a favor da medida.

"Claro que dá uma sinalizada forte para o governo de que a base está votando, mas mais do que isso, acho que dá uma sinalização para a sociedade que a Câmara tem uma agenda que tem um foco objetivo, que é a recuperação econômica do Brasil", declarou.

Maia disse que pretende ao menos iniciar a discussão de projeto que regulariza incentivos fiscais dos Estados, a chamada convalidação.

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