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Identificação de corpos depende de exame de DNA

Instituto Médico-Legal do Rio recebeu partes de corpos encontradas em meio ao entulho do desabamento. Máquinas param e bombeiros procuram vestígios de vítimas

Instituto Médico-Legal do Rio recebeu partes de corpos encontradas em meio ao entulho (Vladimir Platonow / Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2012 às 11h49.

A suspeita de que alguns dos corpos de vítimas do desabamento no centro do Rio tenham sido removidos junto com os escombros aumenta a angústia das famílias. O Instituto Médico-Legal recebeu na noite de sábado partes de corpos encontradas por bombeiros no depósito para onde foram levados mais de 90% do material removido do que restou dos três prédios desabados na Avenida Treze de Maio.

Durante o dia, os bombeiros haviam iniciado a busca por despojos na área, localizada na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, a 30 km do local do acidente. Segundo o IML, só por meio de exames será possível saber se os restos mortais são de uma ou mais pessoas.

Ainda há cinco desaparecidos, mas restam poucos pontos no local do acidente onde podem ser encontradas vítimas. Até sábado, 17 corpos haviam sido achados, do total de 22 desaparecidos contabilizados imediatamente após o acidente. Treze foram identificados.
Desde o início da manhã de sábado, as retroescavadeiras foram desligadas e nenhum corpo havia sido encontrado entre 2h20 e 23h. Cães farejadores também serão empregados na busca por corpos no depósito na Baixada.
O comandante-geral dos bombeiros, coronel Sérgio Simões, admitiu a possibilidade de que mais vítimas tenham sido levadas por engano pelas escavadeiras ao depósito na Baixada. Na sexta-feira, um corpo foi encontrado ali.
"Eu não descarto a possibilidade (de haver outras vítimas nesse local)", disse Simões. "Em uma operação desse porte, essa possibilidade tem de ser considerada". O comandante afirmou também que o reconhecimento de algumas vítimas só poderá ser feito a partir de exames de DNA.
Simões lamentou as denúncias de desvio de bens sob os escombros. Ele, porém, não confirmou o roubo dos pertences. Cerca de 95% do entulho já foi retirado do local do acidente, de acordo com estimativas do comandante. Os prédios desabaram na quarta-feira à noite. Na região do desabamento, as buscas continuarão até que todo o entulho seja retirado.
Na próxima segunda-feira, a Avenida 13 de maio, epicentro do desabamento, voltará a ser aberta para pedestres. Nos arredores do acidente, o único prédio ainda interditado é o Edifício Capital, localizado na esquina das avenidas 13 de maio com Almirante Barroso.
A descoberta dos corpos no subsolo do Edifício Liberdade surpreendeu o Corpo de Bombeiros, que não sabia da existência de outros pavimentos no prédio. As equipes de buscas só descobriram este espaço 48 horas depois do desabamento, quando os agentes entraram na pequena parte do edifício que permaneceu de pé, segundo o comandante-geral da corporação.
Na quinta-feira, dia seguinte ao desabamento, a Prefeitura informara que o edifício tinha 18 pavimentos, além de loja e sobreloja. Os próprios funcionários, depois de muitos anos trabalhando lá, só souberam do subsolo depois que tudo ruiu.
"Ninguém nunca tinha ouvido falar. Agora é que ficamos sabendo que nos anos 40 e 50, quando o prédio era novo, ali funcionava um cabaré", disse, na quinta-feira de manhã, um contador da ECN Auditoria e Contabilidade.

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A suspeita de que alguns dos corpos de vítimas do desabamento no centro do Rio tenham sido removidos junto com os escombros aumenta a angústia das famílias. O Instituto Médico-Legal recebeu na noite de sábado partes de corpos encontradas por bombeiros no depósito para onde foram levados mais de 90% do material removido do que restou dos três prédios desabados na Avenida Treze de Maio.

Durante o dia, os bombeiros haviam iniciado a busca por despojos na área, localizada na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, a 30 km do local do acidente. Segundo o IML, só por meio de exames será possível saber se os restos mortais são de uma ou mais pessoas.

Ainda há cinco desaparecidos, mas restam poucos pontos no local do acidente onde podem ser encontradas vítimas. Até sábado, 17 corpos haviam sido achados, do total de 22 desaparecidos contabilizados imediatamente após o acidente. Treze foram identificados.
Desde o início da manhã de sábado, as retroescavadeiras foram desligadas e nenhum corpo havia sido encontrado entre 2h20 e 23h. Cães farejadores também serão empregados na busca por corpos no depósito na Baixada.
O comandante-geral dos bombeiros, coronel Sérgio Simões, admitiu a possibilidade de que mais vítimas tenham sido levadas por engano pelas escavadeiras ao depósito na Baixada. Na sexta-feira, um corpo foi encontrado ali.
"Eu não descarto a possibilidade (de haver outras vítimas nesse local)", disse Simões. "Em uma operação desse porte, essa possibilidade tem de ser considerada". O comandante afirmou também que o reconhecimento de algumas vítimas só poderá ser feito a partir de exames de DNA.
Simões lamentou as denúncias de desvio de bens sob os escombros. Ele, porém, não confirmou o roubo dos pertences. Cerca de 95% do entulho já foi retirado do local do acidente, de acordo com estimativas do comandante. Os prédios desabaram na quarta-feira à noite. Na região do desabamento, as buscas continuarão até que todo o entulho seja retirado.
Na próxima segunda-feira, a Avenida 13 de maio, epicentro do desabamento, voltará a ser aberta para pedestres. Nos arredores do acidente, o único prédio ainda interditado é o Edifício Capital, localizado na esquina das avenidas 13 de maio com Almirante Barroso.
A descoberta dos corpos no subsolo do Edifício Liberdade surpreendeu o Corpo de Bombeiros, que não sabia da existência de outros pavimentos no prédio. As equipes de buscas só descobriram este espaço 48 horas depois do desabamento, quando os agentes entraram na pequena parte do edifício que permaneceu de pé, segundo o comandante-geral da corporação.
Na quinta-feira, dia seguinte ao desabamento, a Prefeitura informara que o edifício tinha 18 pavimentos, além de loja e sobreloja. Os próprios funcionários, depois de muitos anos trabalhando lá, só souberam do subsolo depois que tudo ruiu.
"Ninguém nunca tinha ouvido falar. Agora é que ficamos sabendo que nos anos 40 e 50, quando o prédio era novo, ali funcionava um cabaré", disse, na quinta-feira de manhã, um contador da ECN Auditoria e Contabilidade.
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