Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Ibope: Bolsonaro 32%, Haddad 23%; Petrobras volta a ser a maior; Sínodo do Papa Francisco e mais…
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2018 às 06h57.
Última atualização em 4 de outubro de 2018 às 07h22.
Novo Ibope
O Ibope divulgou nova pesquisa presidencial pouco antes das 19h desta quarta-feira. Jair Bolsonaro (PSL) tem 32% das intenções de voto, ante 23% de Fernando Haddad (PT), 10% de Ciro Gomes (PDT), 7% de Geraldo Alckmim (PSDB) e 4% de Marina Silva (Rede). Os dois líderes oscilaram dentro da margem de erro: Bolsonaro subiu um ponto, e Haddad, dois. Em votos válidos, Bolsonaro tem 38% e Haddad, 28%. No segundo turno, Haddad tem 43% das intenções de voto, ante 41% de Bolsonaro.
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Em SP, Doria e Skaf empatados
Os candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) seguem empatados na disputa pelo governo de São Paulo, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na tarde desta quarta-feira, 3. No entanto, Doria oscilou dois pontos para cima e agora aparece com 24%, enquanto Skaf caiu três pontos e está com 21%. Os números configuram empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Atrás deles aparece o governador Márcio França (PSB), que, assim como Doria, oscilou dois pontos para cima: tinha 12% e passou para 14%. Luiz Marinho (PT), outro que oscilou positivamente dois pontos, vem em seguida com 8%.
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No Rio, Paes e Romário na frente
As intenções de voto do candidato do DEM ao governo do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, oscilaram de 24% para 26%, de acordo com o Ibope. Este é o primeiro levantamento sem o nome do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), que marcou 16% na pesquisa anterior, mas teve a candidatura barrada pelo TSE. Na segunda colocação aparece o senador Romário Faria (Podemos), que passou de 16% para 19%. Indio da Costa (PSD) subiu de 6% para 10% e Wilson Witzel (PSC) cresceu de 4% para 7%. Tarcísio Motta (PSOL) oscilou de 4% para 6%, Marcia Tiburi (PT) foi de 3% para 5% e Pedro Fernandes (PDT) passou de 2% para 3%.
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Lula não pode votar
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná negou um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para votar no primeiro turno das eleições, no próximo domingo (7). O petista está preso na Polícia Federal de Curitiba desde abril. De acordo com a decisão do juiz do caso, Jean Leeck, Lula tem seu direito de voto preservado, mas “a sujeição ao claustro impede que vá à Zona Eleitoral na qual registrado para exercê-lo, não competindo a esta Justiça Especializada tratar dessa restrição à sua liberdade de ir e vir”. Para o magistrado, embora o direito ao voto seja individual, a instalação da urna eletrônica dependeria que ao menos vinte presos na PF também desejassem votar.
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Havan sem partido
A Justiça do Trabalho em Santa Catarina decidiu proibir o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, de pressionar seus funcionários a votar no candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, para não correrem o risco de serem demitidos em caso de vitória de candidatos de esquerda e de que lojas sejam fechadas. Em decisão desta quarta, o juiz Carlos Alberto Pereira de Castro fixou multa de 500.000 reais em caso de descumprimento e ainda lembrou da possibilidade de que Hang possa responder pelo crime de desobediência. O magistrado disse que a situação se compara a uma reedição do popular voto de cabresto. “A situação se agrava quando, posteriormente a este fato, coloca-se de forma subreptícia sob a espada de Dâmocles o emprego de todos os 15.000 empregados – evidentemente, com ênfase para aqueles que declararam voto a outro candidato ou, como fica claro na fala do réu, os que pretendem não exercitar o voto em qualquer candidato presidencial. Revela-se aí, sem dúvidas, conduta que se enquadra como assédio moral”, afirmou. Relatos na imprensa indicam que empresários estariam pressionando funcionários a apoiar Bolsonaro. O Ministério Público do Trabalho (MPT) já divulgou um alerta de que é “proibida a imposição, coação ou direcionamento nas escolhas políticas dos empregados”.
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Petrobras volta a ser a maior
A disparada da Bolsa de quase 4% na última terça-feira, que refletiu o otimismo dos investidores com candidato Jair Bolsonaro (PSL), fez com que a Petrobras voltasse a ser a companhia mais valiosa da América Latina. Ontem, a estatal ganhou 22,32 bilhões de reais em valor de mercado e terminou o dia valendo 319,92 bilhões de reais. Em dólares, o valor alcançou 80,98 bilhões, ultrapassando a Vale, cujo valor de mercado é estimado em 80,51 bilhões de dólares. O terceiro lugar da lista também é ocupado por uma brasileira. A Ambev terminou o dia valendo 72,61 bilhões de dólares. Os dados foram divulgados pela Economatica, provedora de informações financeiras. Além da Petrobras, outras estatais registraram forte valorização na Bolsa e consequentemente ganharam em valor de mercado. O Banco do Brasil, por exemplo, passou de 78,57 bilhões de reais para 87,53 bilhões de reais, ou seja, um aumento de 8,96 bilhões de reais. A Eletrobras ganhou 2,31 bilhões de reais em apenas um dia e é avaliada em 23,18 bilhões de reais. O BB Seguridade também ganhou 2 bilhões de reais e a Telebras, 94 milhões de reais.
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Acordo fechado com Samarco
Procuradores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais anunciaram um acordo final de indenização com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton sobre o rompimento de uma barragem em 2015 no município mineiro de Mariana. O acordo, que foi fechado na noite de terça-feira (2), vai viabilizar o pagamento de indenizações aos familiares das 19 pessoas que morreram na tragédia, assim como para as pessoas que perderam suas casas e outras propriedades no pior desastre ambiental da história do país, que poluiu o rio Doce até o mar capixaba. Em nota, a Samarco afirmou que “reforça o seu compromisso com as comunidades impactadas” e ressaltou que “já foram gastos, até agosto de 2018, 4,4 bilhões de reais com as ações de reparação e compensação”. “O acordo atende pedido dos atingidos de Mariana, que não concordavam com os termos de indenização aplicados no restante da bacia do Rio Doce pelas empresas”, disse o Ministério Público em nota.
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Indulto anulado
Um tribunal do Peru anulou, nesta quarta-feira (03), o indulto humanitário ao ex-presidente Alberto Fujimori, concedido em dezembro pelo então presidente, Pedro Pablo Kuczynski, informou o Poder Judiciário. “O Juizado de Investigação Preparatória do Supremo Tribunal, a cargo do magistrado Hugo Nuñez Julca, declarou fundamentado um pedido da parte civil de não aplicação do indulto humanitário em favor de Alberto Fujimori”, informou o Judiciário no Twitter. Além disso, a justiça peruana afirmou que emitiu um mandado de prisão contra Fujimori, de 80 anos, que vive em Lima desde que recuperou sua liberdade em dezembro de 2017. Ele cumpria pena de 25 anos por crimes de corrupção e violação dos direitos humanos.
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May não desistiu
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pediu ao Partido Conservador que mostre união e apoie o plano do governo para a separação britânica da União Europeia, dizendo que “se mantivermos a calma” será possível conseguir um acordo com a União Europeia “que atenda o Reino Unido”. May tem sido duramente criticada pela oposição por ter apresentado um plano de separação (conhecido como Chequers) que não abordava pontos cruciais, como as questões alfandegárias e a fronteira das Irlandas. Faltando seis meses para o Reino Unido deixar o bloco europeu, May minimizou um discurso incendiário de seu ex-secretário de Relações Exteriores, Boris Johnson, no qual este mal disfarçou sua ambição de assumir a liderança do partido. “Se todos nós partirmos em direções diferentes em busca de nossa própria visão do Brexit perfeito, arriscamos acabar sem nenhum Brexit”, disse ela, mirando claramente os parlamentares eurocéticos que publicaram planos alternativos para a separação do bloco. Ela também tentou ampliar sua pauta doméstica, atacando a principal sigla opositora, o Partido Trabalhista, ao dizer que suas propostas, incluindo a reestatização dos correios, das ferrovias e das prestadoras de serviços, elevaria os impostos e afastaria empresas.
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Sínodo de renovação
O Papa Francisco deu início à Assembleia de bispos (Sínodo), nesta quarta-feira, para tratar a renovação da fé e o combate aos escândalos sexuais na Igreja Católica. No Vaticano, Francisco proferiu um discurso em que pediu mais atenção aos jovens. Para especialistas, esta mensagem tem como objetivo renovar a imagens da instituição, que tem sido mal vista pelos recentes casos de abuso sexual, em países como o Chile e os Estados Unidos. Além disso, a Assembleia recebe, pela primeira vez, bispos chineses. É a primeira vez que a igreja reconhece bispos nomeados por um governo, e não pelo próprio Vaticano.