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Haddad quer negociar só com líderes

Hoje, além do prefeito, tomam posse os 55 parlamentares eleitos em outubro - que apostam que nada muda no trato com o Executivo

Além dos 11 vereadores do partido, o novo prefeito já tem o apoio declarado dos eleitos por PMDB, PTB, PC do B, PP e PSB (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2013 às 11h58.

São Paulo - Atendimento no "atacado". É o que promete o prefeito Fernando Haddad (PT) quando o assunto é a Câmara. Nos próximos quatro anos, o petista quer evitar conversas, cobranças e até apoios individuais. A meta é negociar a aprovação de projetos de lei diretamente com os líderes das bancadas partidárias. Hoje, além do prefeito, tomam posse os 55 parlamentares eleitos em outubro - que apostam que nada muda no trato com o Executivo.

A mudança, segundo Haddad, é inédita e visa a acabar com o "toma lá, dá cá". Na última década, muitas vezes o interesse de um único vereador barrava a votação de projetos. O prefeito não quer ficar refém de parlamentares que atuam isoladamente em defesa de igrejas ou de empresas do mercado imobiliário, como ocorreu nas gestões Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD).

Em fevereiro de 2010, só para citar um caso, o então vereador e hoje deputado federal pastor José Olimpio (PP) conseguiu apoio de colegas evangélicos para barrar um projeto da Prefeitura que dava isenção de Imposto sobre Serviços (ISS) para empresas ligadas à área da cultura. Seu objetivo era pressionar Kassab a conceder alvará para um templo da Igreja Mundial no Brás, considerado ilegal pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Depois de conseguir derrubar quatro sessões seguidas na Câmara, com o apoio do então bloco político chamado "centrão", Olimpio conseguiu o que queria: do próprio punho, Kassab fez uma autorização para a reabertura do templo e a isenção de ISS para a cultura acabou votada na semana seguinte.

Para assegurar maioria e evitar situações como essa, Haddad conta com a experiência do deputado estadual João Antonio (PT), seu atual secretário de Relações Governamentais. Ex-vereador, ele terá a missão de agregar parlamentares para a base do prefeito. O objetivo é assegurar a aprovação de propostas que exigem três quintos dos votos, como o Plano Diretor.

Além dos 11 vereadores do partido, o novo prefeito já tem o apoio declarado dos eleitos por PMDB, PTB, PC do B, PP e PSB. Indiretamente, a lista aumenta com os parlamentares do PV e do PR. Mesmo derrotado nas urnas, o partido de Kassab não deve impor dificuldades à administração. Mas com oito representantes pode inverter a balança pró ou contra Haddad. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Atendimento no "atacado". É o que promete o prefeito Fernando Haddad (PT) quando o assunto é a Câmara. Nos próximos quatro anos, o petista quer evitar conversas, cobranças e até apoios individuais. A meta é negociar a aprovação de projetos de lei diretamente com os líderes das bancadas partidárias. Hoje, além do prefeito, tomam posse os 55 parlamentares eleitos em outubro - que apostam que nada muda no trato com o Executivo.

A mudança, segundo Haddad, é inédita e visa a acabar com o "toma lá, dá cá". Na última década, muitas vezes o interesse de um único vereador barrava a votação de projetos. O prefeito não quer ficar refém de parlamentares que atuam isoladamente em defesa de igrejas ou de empresas do mercado imobiliário, como ocorreu nas gestões Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD).

Em fevereiro de 2010, só para citar um caso, o então vereador e hoje deputado federal pastor José Olimpio (PP) conseguiu apoio de colegas evangélicos para barrar um projeto da Prefeitura que dava isenção de Imposto sobre Serviços (ISS) para empresas ligadas à área da cultura. Seu objetivo era pressionar Kassab a conceder alvará para um templo da Igreja Mundial no Brás, considerado ilegal pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Depois de conseguir derrubar quatro sessões seguidas na Câmara, com o apoio do então bloco político chamado "centrão", Olimpio conseguiu o que queria: do próprio punho, Kassab fez uma autorização para a reabertura do templo e a isenção de ISS para a cultura acabou votada na semana seguinte.

Para assegurar maioria e evitar situações como essa, Haddad conta com a experiência do deputado estadual João Antonio (PT), seu atual secretário de Relações Governamentais. Ex-vereador, ele terá a missão de agregar parlamentares para a base do prefeito. O objetivo é assegurar a aprovação de propostas que exigem três quintos dos votos, como o Plano Diretor.

Além dos 11 vereadores do partido, o novo prefeito já tem o apoio declarado dos eleitos por PMDB, PTB, PC do B, PP e PSB. Indiretamente, a lista aumenta com os parlamentares do PV e do PR. Mesmo derrotado nas urnas, o partido de Kassab não deve impor dificuldades à administração. Mas com oito representantes pode inverter a balança pró ou contra Haddad. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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