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Haddad é alvo em debate; Fed aumenta juros; novo acordo da Argentina com o FMI e mais…

LAGARDE E DUJOVNE: novo acordo com o FMI visa ajudar a Argentina a estabilizar a economia em momento de profunda crise fiscal e instabilidade cambial
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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 07h02.

Última atualização em 27 de setembro de 2018 às 07h25.

Brasileiros confirmam relato na Noruega

Cinco brasileiros que vivem na Noruega e conviveram com Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro (PSL), confirmaram ao jornal Folha de S. Paulo o relato que consta em documento oficial do Itamaraty, de 2011, informando que ela afirmou ao vice-cônsul naquele país que havia sido ameaçada de morte pelo ex-marido e que por isso havia fugido do Brasil. O caso foi revelado pela Folha na terça-feira. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Ana Cristina, candidata a deputado com o sobrenome Bolsonaro, nega ter tratado o assunto com a embaixada e ataca a imprensa.

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Haddad é alvo em debate

Os candidatos à presidência realizaram ontem o antepenúltimo debate do primeiro turno. olsonaro foi poupado pelos adversários e apareceu em raras citações de candidatos como Alvaro Dias pedindo rejeição à extrema direita ou à extrema esquerda, em frase que também cutuca o PT. Já no fim do debate, em pergunta a Daciolo, Boulos fez uma rara crítica mais direta, ao afirmar que Bolsonaro é contra a igualdade salarial para as mulheres. Mas no fim das contas Haddad, o candidato que mais sobe nas pesquisas, foi o alvo preferido dos adversários, sobretudo de Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). Haddad foi questionado se suas constantes viagens a Curitiba fazem de Lula o “Posto Ipiranga” de sua campanha. Ele afirmou que vai ao Paraná por ser advogado de Lula e que sua relação com o ex-presidente será a de se seguir o programa de governo definido em conjunto.

Réus do Rodoanel

A Justiça Federal tornou réus 33 envolvidos em fraudes na execução de obras do Rodoanel Sul e no sistema viário da capital paulista. Eles são acusados, conforme denúncia do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP), de participar de um esquema entre construtoras que – entre 2004 e 2015 – formaram um cartel para eliminar a concorrência e coordenar a definição dos preços de execução dos serviços. A fraude contava com o aval de agentes públicos lotados nas empresas Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) e Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), que eram responsáveis pelas licitações

Nova pesquisa

A nova pesquisa do Ibope, divulgada nesta quarta-feira (26), mostra que Jair Bolsonaro (PSL) continua na liderança para o primeiro turno da corrida presidencial, com 27% das intenções de voto. O candidato do PT, Fernando Haddad, aparece logo atrás com 21% das intenções. Na última pesquisa, divulgada na segunda-feira (24), o presidenciável pelo PSL aparecia com 28% dos votos, seguido pelo petista, com 22%. Ciro Gomes (PDT), que anteriormente estava com 11%, chegou a 12% no levantamento atual. Brancos e nulos totalizam 11%, já os indecisos são 7%. O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa ouviu 2 mil eleitores em 126 municípios entre os dias 22 e 24 de setembro, a margem de erro é de dois pontos percentuais.

2º turno

Nas simulações do segundo turno, Bolsonaro só leva a melhor se concorrer contra Marina Silva. Nesse cenário, o ex-deputado aparece com 40%, contra 38% da candidata pela Rede. Nesse caso, os candidatos estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro. Segundo o levantamento, entre Haddad e Bolsonaro, o ex-prefeito de SP ganha com 42% dos votos, contra 38% do ex-militar. Já em uma disputa entre o Bolsonaro e Alckmin, o tucano sai na frente com 40%. Nesses dois cenários, os presidenciáveis também estão tecnicamente empatados, no limite da margem de erro. Se o embate for entre Bolsonaro e Ciro, o pedetista ganha com 44% dos votos, contra 35% do pesselista.

Voto útil

De acordo com a pesquisa, cerca de três em cada dez eleitores mudariam de voto para evitar que um candidato ganhe as eleições presidenciais de 2018. Ao todo, 28% dos brasileiros avaliam como alta ou muito alta a probabilidade de mudar de voto até 7 de outubro para que um candidato de quem não gostem vença a corrida pelo Palácio do Planalto. Por outro lado, para 48% dos entrevistados, as chances de mudança de voto pelo mesmo motivo são baixas ou muito baixas.

Déficit em agosto

O Tesouro Nacional registrou um déficit primário de 19 bilhões de reais em agosto. Segundo dados publicados nesta quarta-feira (26), o país teve um rombo fiscal de 95,2% na comparação com agosto do ano passado, de 10 bilhões de reais. O resultado negativo é o segundo maior desde 1997. No acumulado do ano, as contas do governo registraram déficit primário de 58,557 bilhões de reais. A chamada receita líquida total (após as transferências a estados e municípios) registrou queda real de 3,1%, de 92,459 bilhões de reais. Na parcial do ano, porém, a receita líquida avançou 6,3%, para 800,080 bilhões de reais. O governo está autorizado a registrar um déficit de até 159 bilhões de reais, em 2018 (sem incluir gastos com juros da dívida).

Fed eleva juros

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 2% a 2,25%, nesta quarta-feira. É o terceiro aumento no ano e o oitavo desde que o Fed começou a elevar os juros, no final de 2015. O objetivo da instituição é manter a inflação sob controle num cenário em que a economia cresce mais de 4% e a taxa de desemprego está abaixo dos 4%. A decisão tende a drena investimentos de mercados considerados mais arriscados, como o Brasil.

Argentina terá mais US$ 7 bi do FMI

A Argentina chegou a um novo acordo com Fundo Monetário Internacional (FMI) para elevar de 50 para 57 bilhões de dólares o valor do programa de ajuda ao país, e ainda antecipar os desembolsos do Fundo. O novo acordo visa ajudar a Argentina a estabilizar a economia, em momento de profunda crise fiscal e instabilidade cambial. O ministro da Economia argentino, Nicolás Dujovne, e a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, anunciaram o acordo nesta quarta-feira, em Nova York.

Legislativas: Trump acusa China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de tentar interferir nas eleições legislativas de 6 de novembro nos Estados Unidos. O presidente americano afirmou, nesta quarta, que o governo chinês não quer que o governista Partido Republicano tenha um bom resultado na eleição devido à sua posição em questões comerciais. “A China tem tentado interferir em nossa eleição de 2018, em novembro. Contra o meu governo”, disse durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, cujo tema oficial era a não proliferação de armas de destruição em massa e o Irã. Trump não forneceu qualquer evidência para sua acusação. “Eles não querem que eu vença porque eu sou o primeiro presidente a desafiar a China no comércio, e nós estamos ganhando no comércio, estamos ganhando em todos os níveis. Nós não queremos que eles intervenham ou interfiram nas nossas eleições”, disse. Trump não concorre nas eleições deste ano e só enfrentará novamente as urnas pessoalmente em 2020, mas a eleição de novembro vai determinar se o governista Partido Republicano poderá manter o controle da Câmara dos Deputados e do Senado.

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