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Grupo extremista no Brasil declara apoio ao Estado Islâmico

Informação foi divulgada por especialista norte-americana em monitoramento de terrorismo

Rio 2016: prefeito Eduardo Paes disse que a cidade seria "a mais segura do mundo" durante os Jogos (Getty Images)

Raphael Martins

Publicado em 18 de julho de 2016 às 16h09.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 11h59.

São Paulo – Um grupo extremista no Brasil manifestou apoio ao grupo terrorista Estado Islâmico a 18 dias do início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro . O canal "Ansar al-Khilafah #Brazil" no aplicativo de mensagens Telegram foi revelado pela equipe de monitoramento especializado em atividade de terror SITE Intelligence Group.

Segundo a diretora da instituição, Rita Katz, este é o primeiro grupo do tipo a se formar na América do Sul. Além da aproximação com a Olimpíada, a especialista alerta para o crescimento em tamanho e engajamento de tais grupos com a data do evento esportivo tão próxima.

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"Um canal no Telegram chamado Ansar al-Khilafah #Brazil postou uma promessa de fidelidade ao líder do EI Baghdadi", diz o tweet da equipe.

Katz complementa: "Declaração de fidelidade ao EI é a primeira de um grupo na América do Sul. Preocupante: canais de línguas ocidentais (inglês, português, espanhol, alemão, etc) vem demonstrando drástico aumento em tamanho e engajamento".

Veja abaixo os tweets.

Rita é a responsável pelo grupo que já havia informado em junho sobre a formação recente de um serviço de informação sobre o EI em português e também por ter acesso ao vídeo da morte do jornalista Steven Joel Sotloff pelo grupo antes mesmo da divulgação.

O SITE (sigla em inglês para "Busca por Entidades Terrroristas Internacionais") é um grupo altamente reconhecido nos Estados Unidos , contratado para monitorar atividades de jihadistas pelo governo norte-americano e empresas particulares, como uma espécie de consultoria de risco.

Em 2004 Katz foi elogiada pelo FBI por suas contribuições para investigações contra o terrorismo e, em 2007, o seu grupo foi creditado por encontrar os primeiros vídeos de Osama bin Laden após três anos de silêncio.

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