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Grupo deve deixar CNA antes da posse de Kátia Abreu

A ocupação na CNA ocorre em um dia em que Dilma recebe representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no Palácio do Planalto

FNL: protesto é contra a nomeação de Kátia ao ministério da Agricultura (Wilson Dias/ABr)

FNL: protesto é contra a nomeação de Kátia ao ministério da Agricultura (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 15h46.

Brasília - Lideranças dos assentados e acampados que invadiram nesta segunda-feira, 15, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, afirmaram que os manifestantes vão deixar o local nas próximas horas, antes da solenidade de posse que reconduzirá a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) à presidência da entidade.

O evento está agendado para as 19h30 de hoje, com a participação da presidente Dilma Rousseff.

No final desta manhã, cerca de 50 pessoas ligadas ao Movimento Brasileiro dos Sem Terra (MBST) e à Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade (FNL) derrubaram o portão da CNA e ocuparam o hall de entrada do prédio.

O protesto é contra a nomeação de Kátia para o ministério da Agricultura. Embora ainda não confirmada oficialmente pelo Planalto, Kátia deve comandar a pasta no segundo mandato de Dilma.

No início da tarde, uma comissão dos manifestantes se reuniu com a superintendência geral da CNA e com dirigentes do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Eles pediram que a entidade intermediasse um contato com o Planalto para tentar agendar um encontro com Dilma. Também pediram que a CNA ajudasse os assentamentos com assistência técnica.

A ocupação na CNA ocorre em um dia em que Dilma recebe representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no Palácio do Planalto.

"Ouve-se só o MST, que não nos representa", queixou-se Antonio Carlos dos Santos, da FNL.

Esta frente tem como principal liderança José Rainha Júnior, dissidente do MST. Já o MBST, segundo seu coordenador Manoel Conceição, nasceu em Brasília e atua de forma independente ao MST.

"Nosso recado, nós já demos", disse Antonio Carlos. Segundo ele, a pauta de reivindicações que será repassada ao governo também incluirá a "agilização da reforma agrária". "Ela está estagnada", afirmou.

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