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Grupo de sem-terra mantém ocupação no Instituto Lula

O prédio do Instituto amanheceu cercado por faixas pedindo que a presidente Dilma Rousseff assine um decreto desapropriando uma área na região de Americana

Cerca de 50 integrantes do Assentamento Milton Santos, que fica na cidade de Americana, ocupam a sede do Instituto Lula, na zona sul da capital paulista (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Última atualização em 11 de outubro de 2016 às 11h43.

São Paulo - Já dura quase 30 horas a ocupação do prédio do Instituto Lula, na zona sul da capital paulista. Um grupo de sem-terra, com apoio de sindicalistas e estudantes, invadiu o escritório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por volta das 6h30 de quarta-feira após render o caseiro do prédio. Segundo lideranças, cerca de 120 pessoas passaram a noite no local.

O prédio do Instituto Lula amanheceu cercado por faixas pedindo que a presidente Dilma Rousseff assine um decreto desapropriando uma área na região de Americana, no interior paulista, onde está localizado o assentamento Milton Santos, lar de 68 famílias.

Na manhã desta quinta-feira os invasores realizam reuniões para discutir se deixam, ao meio-dia, as ocupações - tanto do Instituto Lula quanto da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), invadida no dia 15.

A assentada Roseane dos Santos contou que os invasores dormiram no primeiro andar do prédio, onde fica a recepção, a cozinha e a sala de reuniões. O segundo andar do prédio foi isolado a pedido da direção do Instituto Lula, já que no local fica a sala do ex-presidente. "Lá em cima ninguém tem acesso", disse ela.

No início da noite de quarta-feira o grupo que invadiu o instituto aumentou com a chegada de outros assentados e de estudantes. Por volta das 18h, já se viam estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que se dizem apoiadores do movimento, chegando com as suas mochilas e saco de dormir para passar a noite no local.

Segundo testemunhas, o grupo se recolheu por volta das 23h e só voltou à frente do prédio pela manhã. Roseane não soube explicar quantos desses invasores são assentados e quantos são "apoiadores" da ação, mas confirmou que crianças e mulheres grávidas passaram a noite no local.

Na manhã desta quinta-feira os invasores tomaram café da manhã e fizeram a leitura dos principais jornais do País. Segundo Roseane, eles providenciaram a sua própria comida. "Muito do que comemos veio do assentamento."

Na quarta-feira o Incra anunciou que pretende receber os sem-terra hoje, às 17h, com a condição de que eles deixem os dois prédios ocupados. A expectativa da direção do Instituto Lula é de que os ocupantes deixem o local ao meio-dia.

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São Paulo - Já dura quase 30 horas a ocupação do prédio do Instituto Lula, na zona sul da capital paulista. Um grupo de sem-terra, com apoio de sindicalistas e estudantes, invadiu o escritório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por volta das 6h30 de quarta-feira após render o caseiro do prédio. Segundo lideranças, cerca de 120 pessoas passaram a noite no local.

O prédio do Instituto Lula amanheceu cercado por faixas pedindo que a presidente Dilma Rousseff assine um decreto desapropriando uma área na região de Americana, no interior paulista, onde está localizado o assentamento Milton Santos, lar de 68 famílias.

Na manhã desta quinta-feira os invasores realizam reuniões para discutir se deixam, ao meio-dia, as ocupações - tanto do Instituto Lula quanto da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), invadida no dia 15.

A assentada Roseane dos Santos contou que os invasores dormiram no primeiro andar do prédio, onde fica a recepção, a cozinha e a sala de reuniões. O segundo andar do prédio foi isolado a pedido da direção do Instituto Lula, já que no local fica a sala do ex-presidente. "Lá em cima ninguém tem acesso", disse ela.

No início da noite de quarta-feira o grupo que invadiu o instituto aumentou com a chegada de outros assentados e de estudantes. Por volta das 18h, já se viam estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que se dizem apoiadores do movimento, chegando com as suas mochilas e saco de dormir para passar a noite no local.

Segundo testemunhas, o grupo se recolheu por volta das 23h e só voltou à frente do prédio pela manhã. Roseane não soube explicar quantos desses invasores são assentados e quantos são "apoiadores" da ação, mas confirmou que crianças e mulheres grávidas passaram a noite no local.

Na manhã desta quinta-feira os invasores tomaram café da manhã e fizeram a leitura dos principais jornais do País. Segundo Roseane, eles providenciaram a sua própria comida. "Muito do que comemos veio do assentamento."

Na quarta-feira o Incra anunciou que pretende receber os sem-terra hoje, às 17h, com a condição de que eles deixem os dois prédios ocupados. A expectativa da direção do Instituto Lula é de que os ocupantes deixem o local ao meio-dia.

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