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Greve dos ônibus de SP: Sindicato dos motoristas adia paralisação prevista para esta sexta-feira

O adiamento da greve ocorre após os motoristas e as empresas de ônibus de São Paulo concordarem, em audiência na Justiça do Trabalho, que vão reabrir as negociações de reajuste salarial

 (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

(Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 6 de junho de 2024 às 11h09.

Última atualização em 6 de junho de 2024 às 11h29.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTrusp) aprovou por unanimidade o adiamento da greve que estava marcada para ocorrer nesta sexta-feira, 7. A decisão foi anunciada em assembleia realizada nesta manhã de quinta-feira, 6. 

O recuo da categoria acontece após uma reunião entre os motoristas e as empresas de ônibus na Justiça do Trabalho na tarde da última quarta-feira, 5. As partes concordaram em reabrir as renegociações de rejuaste salarial dos trabalhadores. A decisão suspende qualquer chance de greve até 30 de junho. Os motoristas, cobradores e trabalhadores do setor de manutenção permanecerão em estado de greve durante as negociações, com ações de mobilização junto à categoria.

Motoristas e cobradores aprovam suspensão da greve por unanimidade em Assembleia Geral no Sindicato (Sindicato dos motoristas de ônibus/Divulgação)

Motoristas querem reajuste real no salário

Os trabalhadores pedem reajuste de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, indíce calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As empresas ofereceram 2,77% e composição pelo Salariômetro de setembro.

O sindicato também pede a ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um reajuste do valor do tíquete para R$ 38, uma cesta básica com produtos de qualidade e o fim do termo "similar".

A categoria quer também um reajuste de 17% no seguro de vida, garantindo cobertura de dez salários mínimos conforme a Lei nº 12.619 (lei do motorista), melhorias nos convênios médico e odontológico, uma jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 mais 30 minutos para descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas com 1 hora remunerada, auxílio funeral com revisão dos valores, e um cartão para uso em casos de necessidade.

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